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Vulnerabilidade Social: Deixando Ribeirão Preto para trás

O recâmbio é destinado a qualquer cidadão que esteja em Ribeirão Preto — em passagem ou permanência — e comprove vínculo com a cidade de destino | Foto: Max Gallão Mesquita

Todos os dias, a Secretaria Municipal de Assistência Social de Ribeirão Preto realiza o recâmbio de quatro pessoas. Regra geral, são indivíduos em situação de vulnerabilidade social, a maioria em situação de rua, que não têm como se locomover até o local para onde pretendem ir e dependem da ajuda do poder público. Até o final de outubro, foram fornecidas 1.200 passagens, que totalizaram investimento de R$ 27.508,77 no serviço de recâmbio.

O objetivo do serviço — oferecido há muitos anos pelo município — é disponibilizar passagem de ônibus intermunicipal para quem chega à cidade e não tem como voltar ao local de origem ou deseja se transferir para outro município. Para isso, a Prefeitura de Ribeirão Preto disponibiliza passagens em linhas regulares de empresas de ônibus intermunicipais. Atualmente, o serviço é oferecido pelas empresas São Bento e Viação Cometa, que venceram o processo licitatório da prefeitura. A cidade mais distante para onde é disponibilizada passagem é Igarapava, a cerca de 140 km de Ribeirão Preto.

A maioria dos recambiados é formada por pessoas em situação de rua, que não têm como retornar à cidade de onde vieram | Foto: Max Gallão Mesquita

Em 2024, o total de pessoas recambiadas foi maior. Naquele ano, foram distribuídas 1.934 passagens — uma média de seis por dia. Entretanto, a Secretaria de Assistência Social acredita que o número de atendidos deverá aumentar bastante até dezembro. Isso porque, no período de festas de final de ano, como Natal e Ano-Novo, existe aumento da procura pelo serviço.

O recâmbio é destinado a qualquer cidadão que esteja em Ribeirão Preto — em passagem ou permanência — e comprove vínculo com a cidade de destino. O benefício pode ser concedido uma vez a cada 12 meses. O serviço existe na cidade há muitos anos e integra as diretrizes da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

 

Ribeirão fará censo com pessoas em situação de rua

Em entrevista publicada recentemente no Tribuna Ribeirão, o secretário municipal de Assistência Social (Semas) de Ribeirão Preto, Júlio Balieiro, afirmou que, no próximo ano, a prefeitura irá realizar um censo para oficializar o número de moradores em situação de rua na cidade.

Estima-se que cerca de 2.000 pessoas estejam em situação de rua em Ribeirão Preto | Reprodução

O objetivo do levantamento é quantificar o total de pessoas em situação de rua, identificar o que as levou a essa condição social e criar políticas efetivas e eficientes de reinserção.

Segundo o secretário, desde o início da gestão, houve a reorganização do atendimento à população em situação de rua. “As equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) ampliaram e descentralizaram as ações, alcançando novos territórios e perfis de vulnerabilidade”, afirmou.

Atualmente, estima-se que cerca de 2.000 pessoas estejam em situação de rua no município. Destas, aproximadamente 72% estão cadastradas no programa Bolsa Família e residem na cidade há mais de um ano.

 

Florianópolis ‘barra’ chegada de pessoas

O prefeito de Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, Topázio Neto (PSD), comunicou no dia 2 de novembro, em um vídeo nas redes sociais, que está implementando um sistema de controle da chegada de pessoas à cidade.

Segundo o vídeo, a prefeitura instalou na rodoviária local um posto avançado da assistência social para identificar quem chega ao município sem emprego ou moradia. Quando isso acontece, a prefeitura fornece passagem de volta para a pessoa.

No mesmo vídeo, Neto deu o exemplo de um senhor, na rodoviária, que é de outra cidade do estado de Santa Catarina. Segundo o prefeito, “alguém simplesmente o mandou para cá, sem nenhum vínculo com a cidade”.

O objetivo do serviço — oferecido há muitos anos pelo município — é disponibilizar passagem de ônibus intermunicipal para quem chega à cidade e não tem como voltar ao local de origem ou deseja se transferir para outro município | Foto: Max Gallão Mesquita

Topázio Neto colocou sua equipe de assistência social para identificar familiares próximos e enviá-lo de volta. O prefeito afirmou que mais de 500 pessoas já foram devolvidas pelo trabalho dessa equipe.

Após o vídeo ganhar grande repercussão nas redes sociais, com dezenas de sites e portais repercutindo sua decisão, o prefeito retornou às redes sociais no dia 5 de novembro para tentar se explicar.

“Algumas pessoas, que desconhecem a realidade da cidade, falam que vamos fazer controle migratório. O que a gente não quer é ser depósito de pessoas em situação de rua. Se uma cidade mandar para cá, nós vamos impedir, sim.”

Afirmou também que “se uma pessoa chega a Florianópolis sem saber onde vai dormir, sem qualquer plano de vida, é óbvio que foi despachada de algum lugar. Não podemos perder o controle”, finalizou no vídeo.

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