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Polícia procura dono de programa de TV por envolvimento no caso Ribeirânia

Empresário, produtor do programa “Mil e Uma Noites”, é considerado foragido após não ser localizado pela polícia

Calluf é dono da emissora de TV que produz o programa "Mil e Uma Noites" e está sendo procurado por receptação (Foto: Reprodução YouTube)

Por: Adalberto Luque

A Justiça de Ribeirão Preto decretou a prisão preventiva de Paulo Cesar Calluf, responsável pelo programa “Mil e Uma Noites”. O pedido foi feito pelo delegado Diógenes Santiago Netto, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC).

Ele é investigado por anunciar joias roubadas por uma quadrilha que atuava no interior paulista. Calluf tornou-se foragido quando equipes tentaram cumprir o mandado em um endereço em Curitiba (PR), sem encontrá-lo.

Segundo o delegado, houve apoio da Polícia Civil do Paraná, que também fez buscas. Santiago Netto afirmou que Calluf já não era visto havia alguns dias e que novas ações seguem em andamento para cumprir a ordem judicial.

A defesa de Calluf não se manifestou. As investigações apontam que o televendas, sediado no Paraná, exibiu joias levadas de uma residência na Avenida Costábile Romano, Ribeirânia, zona Leste de Ribeirão Preto, em 17 de maio. O caso avançou após uma vítima reconhecer peças oferecidas pelo programa.

Diego “Ouro” foi preso em 4 de setembro (Foto: Divulgação)

As joias foram recompradas pelas vítimas e entregues à Polícia Civil, que intensificou as apurações e realizou buscas no endereço do programa. Segundo o delegado, tratou-se de uma investigação reversa.

De Curitiba, policiais souberam que um joalheiro de Uberaba (MG) havia repassado as peças ao programa. Este informou tê-las comprado de um joalheiro de Ribeirão Preto, Diego Freitas, o “Diego Ouro”.

O empresário foi preso preventivamente desde 4 de setembro, em um condomínio de luxo na zona Sul de Ribeirão Preto. No dia 27, foi preso em Uberaba outro suspeito, Haig Hovsepian, apontado como integrante do esquema.

Agora considerado o terceiro suspeito de receptação, Calluf segue foragido. Conforme Santiago Netto, ainda não é possível afirmar se ele tinha conhecimento do roubo, mas, por atuar no ramo, teria condições de avaliar a procedência das peças. Por isso, responde por receptação qualificada.

Joalheiro mineiro foi preso na última semana (Foto: Divulgação)

O delegado destacou que compras sem verificação de origem configuram receptação qualificada e, quando repetidas, sugerem associação criminosa. A reportagem não conseguiu contato com as defesas de Hovsepian e Diego Ouro.

Entenda o caso

Em 17 de maio, quatro homens armados invadiram uma casa na Avenida Costábile Romano e levaram cerca de 300 joias, oito relógios de luxo e dinheiro. O prejuízo foi de R$ 5 milhões. Dias depois, a vítima viu as peças sendo ofertadas em um programa produzido em Curitiba. As joias foram recompradas e apresentadas à polícia. A investigação reversa começou no Paraná.

Depois, as apurações levaram a Uberaba e terminaram com a prisão do joalheiro de Ribeirão Preto, em 4 de setembro. Ele afirmou ter pago R$ 200 mil pelas joias, valor abaixo do de mercado. No mesmo dia, um dos assaltantes foi preso.

Os assaltantes levaram 300 peças de joias, 8 rolex e dinheiro de casa na Ribeirânia, causando prejuízo de R$ 5 milhões (Foto: Divulgação)

Outras quatro pessoas foram detidas no início de novembro. Com o empresário mineiro, são sete presos nesta operação, além de outros detidos por outro roubo relacionado ao mesmo grupo. O número aumentou na última semana com a prisão do joalheiro de Uberaba.

Outro assalto

A Polícia Civil concluiu que os receptadores integravam uma organização criminosa também envolvida no arrastão ao Edifício Jatiúca, em 24 de setembro, no Centro de Ribeirão Preto, causando prejuízo de R$ 4 milhões às vítimas.

Júlia Moretti de Paula, que se novembro, alugou apartamento no prédio assaltado (Foto: Redes Sociais)

Homens armados renderam funcionários e moradores, utilizando um apartamento alugado por Júlia Moretti de Paula — presa em 25 de novembro. O grupo operava com divisão de tarefas e uso de tecnologia, como clonagem de controles e instalação de câmeras em postes.

O promotor Paulo Freire Teotônio afirmou, em entrevista coletiva, que a organização criminosa tinha estrutura muito superior aos recursos da Polícia Civil.

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