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PF prende suspeito de desvio de R$ 11 mi em aplicações

Homem prometia rendimentos entre 1,5% e 2% ao mês e, de acordo com Polícia Federal, fraudava até documentos de IR e vítimas recolhiam impostos

PF realizou operação Stop Loss contra empresário que desviou R$ 11 milhões de investidores (Foto: Divulgação)

Por: Alfredo Risk e Adalberto Luque

Um homem foi preso, na manhã desta quinta-feira (4), suspeito de desviar dinheiro de investidores do mercado financeiro. Frederico Goz Biagi operava a partir de sua empresa de consultoria financeira em Ribeirão Preto, mas foi preso em outra de suas empresas, em Poços de Caldas (MG), distante 200 km.

A reportagem do Tribuna apurou que ele atuava no mercado de consultoria financeira pelo menos desde 2010. De acordo com o delegado Marcellus Henrique Araújo, o empresário havia trabalhado em outra empresa, onde conheceu várias de suas futuras vítimas.

Goz Biagi foi preso em Poços de Caldas, em uma de suas empresas (Foto: Redes Sociais)

Em maio de 2023, ele teria criado sua própria consultoria financeira, em sociedade a outras pessoas que não tinham ideia do golpe que seria aplicado. Araújo explicou que ele escolhia suas vítimas por conta do bom poder aquisitivo.

Ele usava técnicas de engenharia social, para ficar próximo das pessoas e atraí-las para investir com ele. Também se relacionava com algumas mulheres para cooptá-las. Prometia rendimentos entre 1,5% e 2% ao mês.

Segundo o delegado, a taxa não era tão alta e, quando a pessoa pedia o resgate do rendimento, ele levantava, fomentando nos supostos clientes a ideia de que suas aplicações eram realmente diferenciadas.

Ele captava recursos de terceiros, mas utilizava os valores em proveito próprio, realizando operações de “day trade”, que ocasionaram a perda dos recursos. O delegado disse que o prejuízo já apurado é de R$ 11 milhões.

A maioria das vítimas é de Ribeirão Preto, mas há investidores lesados em outras cidades, como Campinas, onde Goz Biagi já teve uma empresa de consultoria. Ele teria conseguido manter as vítimas seguras do negócio fraudando informações de rendimento que, inclusive, chegaram a ser utilizadas pelas vítimas em declarações de Imposto de Renda, que teriam gerado tributos sobre valores que, na verdade, eram inexistentes.

Também dificultava acesso das vítimas às informações. Pelo menos 10 pessoas teriam relatado serem vítimas do operador financeiro. Diante das constatações, a Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira, a Operação Stop Loss.

Segundo o delegado Araújo, da PF, o operador financeiro usava técnicas de engenharia social para envolver suas vítimas (Foto: Alfredo Risk)

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Ribeirão Preto, São Paulo e Rio de Janeiro. Um dos mandados foi cumprido na avenida Portugal, Jardim São Luiz, zona Sul da cidade. O mandado de prisão foi cumprido em Poços de Caldas.

O homem vai responder por gestão fraudulenta, apropriação de recursos de investidor, manutenção de investidor em erro mediante omissão ou falsidade, fraude à fiscalização com inserção de informações falsas em documentos, inserção de elementos falsos em demonstrativos contábeis e contabilidade paralela.

Se condenado, as penas podem variar de 10 a 37 anos de reclusão. As investigações prosseguem, com o objetivo de identificar outras vítimas e checar se há outros envolvidos nos golpes. A reportagem do Tribuna Ribeirão não conseguiu contato com a defesa do suspeito.

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