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Suspeito de receptar joias é visto na Argentina

O foragido Calluf, dono do "Mil e Uma Noites", foi localizado por equipe de TV na capital da Argentina (Foto: Reprodução YouTube)

Por: Adalberto Luque

O empresário Paulo César Calluf, procurado por ser um dos receptadores dos roubos de joias ocorridos em pelo menos dois endereços de Ribeirão Preto, uma residência na avenida Costábile Romano, Ribeirânia, e um prédio de luxo localizado na rua Campos Salles, ambos em Ribeirão Preto, foi localizado em Buenos Aires. Ele é considerado foragido e, de acordo com a Polícia Civil, é integrante da quadrilha que praticou os roubos milionários na cidade.

Calluf é dono do programa “Mil e Uma Noites”, que é veiculado em uma emissora de TV e pelo YouTube, onde são vendidas diversas joias. O homem foi localizado por uma equipe de reportagem do Fantástico em Buenos Aires, capital da Argentina.

O repórter Maurício Ferras e sua equipe localizaram Calluf na região de Puerto Madero, um dos pontos turísticos da cidade portenha. De acordo com informações passadas no Fantástico, Calluf foi para Buenos Aires no dia 24 de novembro e deveria voltar no dia 29, mas continuou por lá.

Diego Ouro foi o primeiro joalheiro a ser preso por receptação qualificada (Foto: Divulgação)

A reportagem comunicou a Polícia Civil, que avisou à Interpol. Ele é considerado um dos principais integrantes da quadrilha que se especializou em praticar assaltos visando conseguir joias e dinheiro em espécie.

A defesa do empresário disse que vai se manifestar nos autos, no tempo oportuno. A Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Ribeirão Preto, que coordena as investigações, não pode efetuar a prisão na argentina e depende da ação da Interpol.

O esquema

Calluf é um dos três grandes receptadores de joias da quadrilha que cometeu os assaltos milionários em Ribeirão Preto. Para a Polícia Civil, ele seria o receptador final, que receberia as joias e efetuaria a venda usando o programa de TV. Neste núcleo, é o único ainda foragido.

O primeiro a ser preso, Diego Freitas, o “Diego Ouro”, foi quem teria, segundo a polícia, recepcionado as joias roubadas no assalto à uma residência na Ribeirânia, zona Leste, onde os ladrões causaram um prejuízo de R$ 5 milhões às vítimas, levando 300 peças de joias, 8 relógios Rolex e dinheiro em espécie.

O esquema foi descoberto depois que a vítima do assalto viu algumas de suas joias à venda no programa de Calluf – uma delas era peça única, feita com exclusividade. As joias foram compradas via programa “Mil e Uma Noites” e entregues à Polícia Civil.

O delegado Diógenes Santiago Netto, da DEIC, contou que iniciou a investigação reversa, partindo do programa até chegar em Diego Ouro. Ele foi preso em um condomínio de alto padrão na zona Sul da cidade no início de setembro. Sua defesa não se manifestou.

Hovsepian foi preso no final do mês passado em Uberaba (Foto: Divulgação)

As investigações seguiram até a prisão do joalheiro de Uberaba (MG), Haig Hovsepian, preso em 27 de novembro. Ele é apontado como o receptador das joias de Diego Ouro. Depois de receber as joias, as enviava aos poucos para Curitiba (PR), onde fica a emissora que veicula o programa “Mil e Uma Noites”. Sua defesa considerou a prisão preventiva desnecessária, causando risco à saúde do cliente.

Segundo o delegado divisionário da DEIC, José Carvalho de Araújo, os receptadores teriam envolvimento com os dois assaltos. Além do da Ribeirânia, eles também teriam participado do assalto ao Condomínio Jatiúca, na rua Campos Salles, onde pelo menos 10 assaltantes levaram R$ 4 milhões em joias e dinheiro, de moradores do prédio de luxo, que tem um apartamento por andar.

Além do assalto na Ribeirânia, grupo também teria recebido joias do assalto ao Condomínio Jatiúca (Foto: Divulgação)

Araújo destaca que o grupo é extremamente bem articulado, ao ponto de instalar câmeras de segurança em postes, para monitorar e descobrir rotinas dos moradores. Eles também monitoravam as redes sociais das vítimas.

Nos dois assaltos já foram presos 26 suspeitos, 15 dos quais já foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo e tornaram-se réus. As investigações prosseguem.

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