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Polícia indicia Elizabete Arrabaça por tentativa de homicídio

Idosa que já responde pelo feminicídio da nora e da filha, pode também responder por tentativa de homicídio de uma amiga há 8 anos

Elizabete pode responder por tentativa de feminicídio de uma amiga de Pontal (Foto: Redes Sociais)

Por: Adalberto Luque –

A Polícia Civil vai indiciar por tentativa de homicídio qualificado Elizabete Eugênio Arrabaça, de 68 anos. Segundo o delegado divisionário da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Ribeirão Preto, José Carvalho de Araújo, o inquérito deve ser concluído em 16 de dezembro e ele deve indiciar a idosa, que já responde por feminicídio contra a nora e a filha.

Desta vez, Elizabete pode ter que responder pela tentativa de homicídio qualificado de uma amiga, Neusa Ghioto, ocorrido em 2017, na cidade de Pontal, região metropolitana. Na ocasião, Neusa ficou internada por cinco dias no Hospital das Clínicas – Unidade de Emergência (HC-UE), dois dos quais na UTI.

A amiga de Elizabete relatou à Polícia que pode ter sido envenenada ao não querer comprar uma joia oferecida pela idosa. Ela teria recebido um remédio de Elizabete e passou mal, tendo que ser transferida para Ribeirão Preto.

Araújo disse que tomou a decisão de indiciar a idosa após analisar documentos e concluir que é mais um caso de envenenamento. “O inquérito será relatado e enviado à Justiça”, garantiu Araújo.

O delegado explicou que encontrou prova técnica no documento onde é relatado sintomas e como foi o tratamento de Neusa. Isso levou a Polícia Civil a concluir que ela tentou envenenar a amiga. “É uma pessoa que tem todas as características de uma psicopata”, disse.

No laudo em questão, está descrito que a suposta vítima desenvolveu quadro de diarreia, vômito intenso, falas confusas, sudorese, respiração rápida, contração de pupila e precisou ser entubada.

Para Bruno Corrêa Ribeiro, advogado de Elizabete, por um lado os sintomas são semelhantes a um possível envenenamento. Todavia, segundo ele, o laudo não demonstra nenhum elemento de certeza.

“São sintomas semelhantes a vários quadros, como intoxicação. Aguardamos um posicionamento do Ministério Público de Pontal, entendendo que não haverá denúncia nesse sentido, pois não há o mínimo de contexto. O próprio laudo fala que não existe a presença de elemento para afirmar que houve envenenamento”, acrescenta.

Elizabete será ouvida no dia 16 de dezembro através de videoconferência. O interrogatório ocorre às 15h00. Ela está presa na penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba.

Nora e filha

Elizabete já é ré no caso de feminicídio contra sua nora, Larissa Talle Leôncio Rodrigues, morta aos 37 anos em 22 de março deste ano por envenenamento. O juiz da 2ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, José Roberto Bernardi Liberal, determinou que ela e seu filho, o médico Luiz Antônio Garnica, de 38 anos, que era marido da vítima, respondam pelo crime de feminicídio. Além disso, o filho também vai responder por fraude processual. A defesa de Elizabete afirmou que vai recorrer.

A idosa também responde pelo envenenamento de sua filha Nathalia Garnica, morta em 9 de fevereiro de 2025, em Pontal. O MP de Pontal apresentou denúncia, mas a Justiça da cidade reencaminhou o caso para Ribeirão Preto e agora é o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) quem define a competência sobre este caso.

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