Tribuna Ribeirão
Economia

Conab aponta tomate mais 
barato no atacado

Preços do tomate registraram queda na média ponderada de 26,15% no atacado: cenoura recuou 9,68% em relação à média de outubro


Clima influencia a velocidade de amadurecimento do alimento e reflete na boa oferta do produto nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas pela Conab



Com boa oferta de tomate nos principais mercados atacadistas do país, os preços do produto registraram queda na média ponderada de 26,15% no atacado em novembro, mostra o 12º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira, 18 de dezembro, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Essa maior disponibilidade do alimento nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas pela estatal pode ser explicada pela maturação mais acelerada do produto diante das temperaturas mais elevadas.

Esse movimento de queda nos preços no atacado foi refletido inclusive no varejo, como indica a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, publicação da Conab em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A Conab também verificou redução nos preços praticados para a cenoura. Na média ponderada houve recuo de 9,68%, em relação à média de outubro. Na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), a diminuição chegou a 21,15%, o maior percentual negativo registrado.

A queda nas cotações acontece mesmo diante de uma menor oferta na raiz.

A batata também ficou mais barata no atacado no último mês, porém a redução foi de menor intensidade, chegando a 2,37%. Se na comparação entre novembro e outubro a variação é pequena, o preço na média ponderada de novembro deste ano está 51,3% abaixo do registrado no mesmo mês de 2024.

Um fator que foi intensificado no mês foi a queda de preços na indústria, motivado pela cautela dessas ao fecharem novos contratos com produtores, por causa da demanda externa em queda

Vale lembrar que essa época do ano é marcada pela mudança na origem da produção, com o final da safra de inverno e início da safra das águas. 

Já a alface e a cebola encareceram no último mês. Após um período de retração, o preço da alface voltou a subir, diante da menor oferta da folhosa nos mercados. A elevação na média ponderada dos preços foi de 3,36%, em comparação com a média de outubro.

Já para a cebola, a elevação das cotações chegou a 8,79% na média ponderada, movimento comum para a época do ano. Novembro é um mês em que normalmente os preços do bulbo registram alta com troca do principal eixo fornecedor do produto.

Frutas – Em novembro, as frutas apresentaram certa estabilidade nos preços. Banana, maçã e laranja apresentaram ligeiras quedas de 0,13%, 0,82% e 1,10% respectivamente. No mercado da banana, a oferta da fruta caiu nos entrepostos atacadistas analisados, enquanto a demanda apresentou grandes oscilações.

A menor disponibilidade do produto pode ser explicada pela redução da produção da variedade nanica do Vale do Ribeira (SP) e da prata do norte mineiro, principal região fornecedora dessa variedade às Ceasas. No caso da maçã, ocorreram quedas nas cotações nos primeiros dez dias de novembro.

Houve pequeno aumento à medida que o mês de dezembro se aproximava, aliada à diminuição dos estoques, notadamente da variedade gala. Já a demanda pela fruta se mostrou estagnada.

Os preços da laranja também tiveram pequenas oscilações. 

Um fator que foi intensificado no mês foi a queda de preços na indústria, motivado pela cautela dessas ao fecharem novos contratos com produtores, por causa da demanda externa em queda. Em contrapartida, mamão e melancia encareceram. Na média ponderada, as cotações dessas frutas subiram 6,55% e 4,45% respectivamente.

Para o mamão, a Conab verificou elevação de preços diante da menor oferta da fruta, influenciada pela desaceleração da produção, devido às menores temperaturas e às chuvas. A qualidade da melancia nos mercados, principalmente aquelas originárias do sul baiano e do centro paulista, também foram afetadas pelas condições climáticas, refletindo nos preços praticados.

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