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Prefeitura descarta projeto de R$ 4,8 mi

A prefeitura de Ribeirão Preto emitiu nota oficial nesta quarta­-feira, 27 de dezembro, para avisar que vai priorizar o projeto “Trilhos da Mogiana”, ainda em fase de ela­boração por parte do Instituto do Trem Histórico, em parceria com a iniciativa privada. Com essa de­cisão, o governo Duarte Nogueira Júnior (PSDB) encerra a polêmica discussão com Márcio Santiago, presidente da Federação de Con­ventions & Visitors Bureaux do Estado de São Paulo e do Brasil, que aguardava a manifestação do Palácio Rio Branco sobre a pro­posta do “Trem Turístico”, orçado em R$ 4,8 milhões e que tem ver­ba garantida do governo federal.

Os dois projetos são seme­lhantes e preveem a recuperação de trilhos, das duas marias-fuma­ça da cidade, de quatro vagões de passageiros e de uma linha de oito quilômetros entre a Estação Bar­racão, no Ipiranga – que vai virar “Museu do Trem” –, e a Estação Ferroviária Mogiana, na Vila Ma­riana, ambas na Zona Norte de Ribeirão Preto.

Segundo a nota enviada à redação pela Coordenadoria de Comunicação Social (CCS), “a respeito do ‘Trem Turístico’, a prefeitura informa que desen­volve projeto em parceria com o Instituto do Trem, que utili­zará recursos da iniciativa pri­vada para sua implantação. Este é o foco no momento, para não ocorrer duplicidade de propos­tas com o mesmo fim.”

A polêmica se arrasta desde o primeiro semestre deste ano. Ape­sar dos estudos em andamento, a cidade ainda não apresentou ofi­cialmente nenhum projeto e quase perdeu uma de suas duas marias­-fumaças – a “Mogiana”, que está no pátio da Estação Ferroviária: a outra é a “Amália”, instalada na praça Francisco Schmidt, na Vila Tibério – e dois vagões de luxo para o Consórcio Intermunicipal do Trem Republicano (Citrem), formado pelas prefeituras de Salto e Itu, que querem implantar uma linha turística de seis quilômetros entre as duas cidades. Uma limi­nar da Justiça Federal impediu a remoção na semana passada. Po­rém, essa decisão pode ser revista a qualquer momento.

Na manhã da última terça-fei­ra, dia 26, Santiago esteve reunido com o deputado federal Baleia Rossi (PMDB-SP), líder da ban­cada na Câmara. O peemedebista disse que se a prefeitura protoco­lasse o projeto do “Trem Turístico” no Sistema de Convênios (Siconv) até esta sexta-feira (29), a verba de R$ 4,8 milhões seria empenhada já para o primeiro semestre de 2018. Rossi falou com a reportagem do Tribuna na tarde de ontem.

“Já conversei com o Marx Bel­trão, ministro do Turismo. Basta a prefeitura apresentar projeto que o governo vai empenhar o recur­so. Se não der para apresentar o projeto até sexta-feira, o trâmite será mais demorado porque o ano legislativo só começa em feverei­ro, haverá mais burocracia, mas vamos lutar para que a verba seja liberada em 2018”.

Baleia Rossi também estava otimista, disse que havia con­versado com o secretário de Go­verno e da Casa Civil, Nicanor Lopes, e acreditava que o projeto seria protocolado no Siconv. Mas a prefeitura aposta na parceria com o Instituto do Trem, já que também não haverá financia­mento nem contrapartida. Todas as despesas ficarão sob responsa­bilidade da iniciativa privada.

Santiago diz que não enten­de porque a prefeitura desistiu do projeto, já que a verba de R$ 4,8 milhões é “a fundo perdido”, sem financiamento. “É uma tristeza porque esse assunto poderia ter sido resolvido há mais de 120 dias, quando alertamos a prefeitura. A cidade perdeu uma verba ‘a fundo perdido’ de quase R$ 5 milhões e optou por um projeto que nin­guém sabe se vai sair do papel.”

Santiago teme, ainda, que o Departamento Nacional de Infra­estrutura e Transporte (DNIT), dono da maria-fumaça “Mogia­na” – que autorizou a transferência para Salto –, ao saber que a prefei­tura desistiu do projeto, insista na remoção da locomotiva. “Basta que um juiz derrube a liminar”, diz. Se Ribeirão Preto perder a máqui­na, terá de buscar alternativas para a implantação do trem de turismo.

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