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A Colômbia e sua Literatura (45): Patricia Ariza

De acordo com especialistas, Patrícia Ariza (1946 -…) é uma artista plástica, diretora, atriz, dramaturga, poetisa e ativista política colombiana nascida em Vélez (Santander), município colombiano no nordeste do país. De origem camponesa, foi forçada a deixar o país pela violência, mudando-se para Bogotá com os irmãos e estudando História da Arte na Faculdade de Belas Artes da Universidade Nacional, onde integrou o coletivo nadaísta e a Juventude Comunista. Em 1969, recebeu o título de Doutora Honoris Causa do Instituto Superior de Arte de Cuba.

Dona de extensa carreira como dramaturga, Ariza foi presidente e fundadora da Corporação Colombiana de Teatro. Seus trabalhos mais destacados incluem “La Kukhualina” —que estreou com o Grupo Indígena INKAYU da Organização Nacional Indígena da Colômbia—, “El Viento y la Ceniza” (Vento e cinzas) —que recebeu o Prêmio Anna Magnani no Brasil—, “La Calle y el Parche” (A rua e a gangue), “Del Cielo a la Tierra” (Do céu à terra), “Mujeres displazando” (Mulheres se locomovendo) e “Camilo Vive” (Camilo vive) —em memória do padre guerrilheiro Camilo Torres. Por adição, também foi fundadora do Teatro La Candelaria, entre outros grupos teatrais.

Diretora do Festival de Mujeres en Escena por la Paz (Festival de Mulheres em Cena pela Paz) e do Festival de Teatro Alternativo (Festival de Teatro Alternativo), a autora é ativista política pela paz, membro da Women for Peace, do Conselho Nacional da Paz, assessora cultural da Corporación Reiniciar e membro do Projeto Magdalena, uma rede internacional de mulheres no teatro contemporâneo. Por seu trabalho artístico e social recebeu diversos prêmios locais e internacionais, incluindo o Prêmio Príncipe Claus (Holanda), o Prêmio Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da Colômbia na categoria Defensora Vitalícia, o Prêmio GLOU do Encontro de Mulheres de Cádiz e o Prêmio Gilder Coigner da Associação de Mulheres Diretoras e Dramaturgas dos Estados Unidos. Em julho de 2022, foi nomeada Ministra da Cultura da Colômbia.

Ainda segundo especialistas, a plataforma Mujeres Confiar escreve sobre ela: “A história da resistência artística e política na Colômbia. Poeta, dramaturga, escritora e feminista que liderou as reivindicações das mulheres e das vítimas do conflito armado no país. Nadaísta e sobrevivente do genocídio da UP, uma mulher libertária que rompeu todos os protocolos, uma poeta comprometida com o destino do país. ”

Ganhadora do Prêmio pelo Conjunto da Obra de 2014 pela Defesa dos Direitos Humanos na Colômbia, Patricia Ariza, assim se manifestou: “Este reconhecimento tem sido um estímulo para o meu trabalho e nos permitiu fortalecer nossa colaboração com organizações de direitos humanos.” Desenvolvendo projetos artísticos interdisciplinares, planejados para dar empoderamento a essas comunidades, explorando as possibilidades da criação coletiva a fim de conseguir mudança social, Ariza discute também sobre os laços culturais e afinidades políticas entre os teatros latino-americano e latino sob a luz de problemas hemisféricos compartilhados como o tráfico de entorpecentes, guerrilhas, corrupção política, imigração e globalização.

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