Tribuna Ribeirão
Economia

Abono deve injetar 
R$ 369,4 bi no país

Guilherme Sircili Dos cerca de 95,3 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados com o pagamento do 13º salário, 59,5 milhões são trabalhadores no mercado formal 


Cerca de 95,3 milhões de brasileiros serão favorecidos com rendimento adicional, em média, de R$ 3.512, segundo o Dieese



Até dezembro, o pagamento do décimo terceiro salário tem potencial de injetar cerca de R$ 369,4 bilhões na economia brasileira. O montante representa aproximadamente 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social; e aposentados e beneficiários de  pensão da União e dos estados e municípios.
Cerca de 95,3 milhões de brasileiros serão favorecidos com rendimento adicional, em média, de R$ 3.512, de acordo com as estimativas do  Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Para o cálculo do pagamento do 13º salário em 2025, foram reunidos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego.

Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Foram considerados ainda os beneficiários (aposentados e pensionistas) que, em agosto de 2025, recebiam proventos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), do Regime Próprio da União e dos estados e municípios. 

Para esses dois últimos, entretanto, não foi obtido o número de beneficiários.

Para os assalariados, o rendimento foi atualizado pela variação média do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) entre janeiro e setembro de 2025 sobre dezembro de 2023 (Rais considerada na análise).

Para o cálculo do impacto do pagamento do 13º salário, o Diesse não leva em conta autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, uma vez que não há dados disponíveis sobre esses proventos.

Dos cerca de 95,3 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados com o pagamento do 13º salário, 59,5 milhões, ou 62,5% do total, são trabalhadores no mercado formal, entre eles, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada, que somam 1,5 milhão de pessoas, equivalendo a 1,5% do conjunto de beneficiários.

Os aposentados ou pensionistas da Previdência Social (INSS) correspondem a 34,8 milhões de beneficiários, ou 36,6% do total. Além desses, aproximadamente 915,5 mil pessoas (ou 1,0% do total) são aposentadas e beneficiárias de pensão da União (Regime Próprio). Há ainda um grupo constituído por aposentados e pensionistas dos estados e municípios (regimes próprios) que vai receber o 13º e que não pode ser quantificado.

Do montante a ser pago como 13º, cerca de R$ 260 bilhões, ou 70,4% do total, irão para os empregados formais, incluindo os trabalhadores domésticos. Outros 29,6% dos R$ 369,4 bilhões, equivalentes a R$ 109,5 bilhões, serão pagos aos aposentados e pensionistas. 

Considerando apenas os beneficiários do INSS, são 34,8 milhões de pessoas, que receberão R$ 64,8 bilhões.

Aos aposentados e pensionistas da União serão destinados R$ 9,9 bilhões (2,7%); aos aposentados e pensionistas dos estados, R$ 20,5 bilhões (5,6%); e aos aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios, R$ 14,2 bilhões.

Para os assalariados formais dos setores público e privado, que correspondem a 58 milhões de trabalhadores, excluídos os empregados domésticos, a estimativa é de que R$ 257 bilhões serão pagos a título de 13º salário, até o final do ano. 

A maior parcela do montante a ser distribuído caberá aos ocupados no setor de serviços (incluindo administração pública), que ficarão com 63% do total destinado ao mercado formal. Os empregados da indústria receberão 17,4%; os comerciários terão 13,2%; aos que trabalham na construção civil será pago o correspondente a 4,1%, enquanto 2,2% serão recebidos pelos trabalhadores da agropecuária.

Em termos médios, o valor do 13º salário do setor formal corresponde a R$ 4.431. A maior média deve ser paga aos trabalhadores do setor de serviços e equivale a R$ 4.983; a indústria aparece em segundo lugar, com o equivalente a R$ 4.616; e a menor média ficará com os trabalhadores do setor primário da economia, R$ 2.987.

São Paulo – A economia paulista deverá receber, até o final de 2025, com o pagamento do 13° salário, cerca de R$ 110 bilhões, aproximadamente 29,9% do total do Brasil e 60% da região Sudeste. É o equivalente a cerca de 2,8% do PIB estadual. A média de valores por pessoa é estimada em R$ 4.107.

Segundo os cálculos, 24,6 milhões de pessoas devem receber o 13º no estado de São Paulo. 

O número corresponde a 26% do total que terá acesso ao benefício no Brasil. Em relação ao Sudeste, equivale a 55,8% da região. Os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários, representam 66%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS são 32%.

O emprego doméstico com carteira assinada responde por 1,7%. 

Em relação aos valores que cada segmento receberá, nota-se a seguinte distribuição: os empregados formalizados ficam com 74,8% (R$ 82,5 bilhões) e os beneficiários do INSS, com 16,2% (R$ 17,8 bilhões), enquanto aos aposentados e pensionistas do Regime Próprio do estado caberão 4,2% (R$ 4,6 bilhões) e aos do Regime Próprio dos municípios, 4,1%.

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