Passou de R$ 804,85 em agosto para R$ 799,70 em setembro na média nacional, desconto de R$ 5,15, abaixo de R$ 800 depois de oito meses seguidos
A inflação medida pela Abrasmercado – cesta composta por 35 produtos de largo consumo, dentre eles alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza –, que mede a variação de preços nos supermercados, registrou deflação de 0,64% em setembro, a quarta queda consecutiva após reduções de 0,43% em junho, 0,78% em julho e 1,06% em agosto.
Antes foram nove altas seguidas, de setembro de 2024 a maio deste ano. Até então, a última queda havia ocorrido em agosto do ano passado, com variação de -1,32%. O viés de baixa começou a dar sinais em maio, quando a inflação ficou em 0,51%, conta 0,82% de abril e após altas de 0,74% em março, 0,73% em fevereiro e 0,78% em janeiro.
Fechou 2024 com aumento de 1,82% em dezembro. Já havia registrado alta de 3,02% em novembro, de 2,44% em outubro e 0,90% em setembro. Agora, passou de R$ 804,85 em agosto para R$ 799,70 em setembro na média nacional, desconto de R$ 5,15, abaixo de R$ 800 depois de oito meses seguidos.
O valor absoluto de maio (R$ 823,37) é o mais elevado da série histórica, que começou em agosto de 2001. Fechou o ano passado com inflação acumulada de 9,96%. Apesar da redução em setembro, os preços nos supermercados acumulam alta de 0,65% em nove meses – era de R$ 794,56 em dezembro, R$ 5,14 a mais no mês passado.
No acumulado em doze meses, em relação as R$ 739,44 de setembro do ano passado, são R$ 60,26 a mais e variação de 8,15%. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira, 23 de outubro, pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

A maior variação mensal em 25 anos pertence a novembro de 2022, de 7,24%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou setembro em alta de 0,48%. Acumula aumento de 3,64% no ano e de 5,17% em doze meses. O grupo Alimentação e Bebidas registrou queda de 1,77% no período. Na Região Sudeste, houve queda de 052%, com a cesta passando de R$ 818,54 em agosto para R$ 814,27, abatimento de R$ 4,17. A baixa nos preços dos itens da cesta reflete a ampliação da oferta no campo. “Clima mais favorável, safras recordes e menor pressão dos preços internacionais contribuíram para conter o avanço dos preços”, explica o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.
Variações – Os produtos básicos da alimentação seguem em queda, com destaque para o arroz (-2,14%), açúcar refinado (-0,99%), massa sêmola de espaguete (-0,76%), feijão (-0,63%), farinha de mandioca (-0,53%), farinha de trigo (-0,52%), leite longa vida (-0,45%) e café torrado e moído (-0,06%). Em contrapartida, apresentaram alta o óleo de soja (3,57%), a margarina cremosa (0,90%) e extrato de tomate (0,28%).
No ano, o arroz recua 20,85% e o feijão 6,05%. Entre as proteínas animais, houve redução nos preços dos ovos (-2,84%), frango congelado (-1,23%), pernil (-0,99%), carne bovina corte dianteiro (-0,29%), enquanto o corte traseiro apresentou leve estabilidade (0,16%). Nos produtos in natura, a queda foi mais acentuada, com destaque para as reduções nos preços do tomate (-11,52%), da cebola (-10,16%) e da batata (-8,55%). No ano, os preços da batata recuaram 27,27%.
Entre os itens de uso pessoal, as variações atngiram creme dental (0,20%), papel higiênico (0,36%), xampu (0,48%) e sabonete (0,52%). Já na limpeza doméstica, houve queda nos preços de sabão em pó (- 0,09%) e água sanitária (-0,58%), enquanto detergente líquido para louças (+1,18%) e desinfetante (+0,24%) registraram alta.
Básicos – Na cesta de alimentos básicos (que monitora doze produtos), os preços recuaram 0,36% em setembro, após quedas e 1,05% em agosto, de 0,44% em julho e 0,48% em junho e nove meses seguidos de alta – 0,73% em maio, 0,32% em abril, 0,99% em março, 0,70% em fevereiro, 0,10% em janeiro, 2,03% em dezembro, 2,97% em novembro, 3,31% em outubro e 1,32% em setembro. Encerrou setembro em R$ 346,93, contra R$ 348,17 de agosto, R$ 1,24 a menos. Os R$ 355,13 de maio são o valor mais elevado em doze meses.
No ano, sobe 0,49%, acréscimo de R$ 1,70 em relação aos R$ 345,23 de dezembro. Em doze meses, são R$ 28,41 a mais que os R$ 318,52 de setembro de 2024, alta de 8,92% Dez itens apresentaram redução de preços em setembro: arroz (-2,14%), massa sêmola de espaguete (-0,76%), feijão (-0,63%), farinha de mandioca (-0,53%), farinha de trigo (-0,52%), leite longa vida (-0,45%), carne bovina cortes do dianteiro (-0,29%), café torrado e moído (-0,06%), açúcar refinado (-0,99%), queijo muçarela (-0,10%). Em contrapartida, dois produtos registraram alta: óleo de soja (3,57%) e margarina cremosa (0,90%). No Sudeste, recuou -0,14%, de R$ 360,50 em agosto para R$ 360,01, desconto de R$ 0,49.

