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Advogada sai da lista de detidos

AGÊNCIA BRASIL

Segundo lista da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Fede­ral (Seape-DF) atualizada às 16 horas desta segunda-feira, 16 de janeiro, 1.383 pessoas conti­nuavam presas nos Centros de Detenção Provisória da Papu­da (903 homens) e da Colmeia (489 mulheres).

O nome da advogada Nara Faustino de Menezes, de 43 anos, de Ribeirão Preto, não consta mais na lista da Seape­-DF. Ela deve ter sido libertada ontem, pois até domingo (15) ainda aparecia na relação de detidos. Em seu depoimen­to, confirmou ter entrado no Congresso, mas diz que o aces­so estava liberado e que não participou da depredação.

A Associação dos Advoga­dos de Ribeirão Preto (AARP) informa que seu conselho di­retor deliberou por acompa­nhar com atenção a prisão da conselheira Nara Faustino, em Brasília. “A advogada não foi presa no exercício de sua ativi­dade profissional, nem mesmo representando esta instituição.”

As outras duas pessoas da região, suspeitas de participa­ção nos atos antidemocráticos do dia 8, que resultaram na invasão e na depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), conti­nuam presas, segundo a lista da Seape-DF.

Estão presos a médica ve­terinária e social media de Guariba, Ana Carolina Isi­que Guardiéri Brendolan, de 30 anos, e o advogado ribei­rão-pretano Barquet Miguel Junior (filho do ex-vereador Barquet Miguel, que cumpriu sete mandatos), de 52 anos. Ele disse em depoimento que foi a Brasília em viagem de turismo, e não para partici­par dos atos.

Em suas redes sociais, po­rém, declara apoio a Bolsonaro e faz críticas ao Superior Tri­bunal Federal, Tribunal Supe­rior Eleitoral (TSE) e PT. Já a veterinária e social media Ana Carolina diz que foi esponta­neamente a Brasília. Quinze crimes são investigados.

A decisão final sobre man­ter ou não as prisões caberá ao ministro Alexandre de Mora­es, relator do inquérito dos atos antidemocráticos no Supremo Tribunal Federal – onde o caso tramita. Cerca de 800 pessoas presas em flagrante no dia 8 de janeiro por participarem de atos golpistas em Brasília já passaram por audiências de custódia, informou o Ministé­rio Público Federal (MPF).

As oitivas têm o objetivo de evitar prisões ilegais ou desne­cessárias e estavam previstas para terminarem ainda nesta segunda-feira (16), de acordo com o interventor federal na segurança pública do Distri­to Federal, Ricardo Cappelli. A investigação apura se havia pessoas envolvidas com co­nhecimento da planta da Câ­mara e do Planalto.

“Há indícios, e a investi­gação está apurando, de que pessoas que invadiram Câma­ra e Planalto tinham conheci­mento dos locais, conheciam a planta”, disse. “O processo está em curso, comandado pela Po­lícia Federal com apoio da Po­lícia Civil”, afirmou.

Até sexta-feira (13), já ha­viam sido liberadas, por ques­tões humanitárias, 599 pessoas (idosos, pessoas com proble­mas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças). O juiz federal Fran­cisco Alexandre Ribeiro deci­diu aceitar o pedido da Advo­cacia-Geral da União (AGU) e bloqueou bens de 52 pessoas físicas e sete jurídicas, num to­tal de R$ 6.539.100.

A decisão saiu na noite de quinta-feira (12). O publicitá­rio Genival José da Silva, de 69 anos, e a desempregada Márcia Regina Rodrigues, de 48 anos, também moradora da cida­de, estão na lista. Ele não foi notificado. Garante não ter fi­nanciado nenhuma viagem de bolsonaristas a Brasília.

A defesa de Márcia Regina Rodrigues não foi localizada. A família diz que atualmente ela está fora do mercado de traba­lho. Segundo a AGU, os 52 alvos são responsáveis por pagar o fretamento de ônibus para levar pessoas aos atos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro.

O órgão informou se tratar de um valor inicial, baseado na estimativa preliminar de prejuízos materiais calculados somente pelo Senado (R$ 3,5 milhões) e pela Câmara dos Deputados (R$ 3,03 milhões). Restam ainda a contabilização dos danos causados ao Palácio do Planalto e à sede do Supre­mo Tribunal Federal. Entre os bens na mira do pedido da AGU estão imóveis, veículos e valores em contas correntes.

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