Tribuna Ribeirão
Economia

Alimentos impactam orçamento familiar

© Fernando Frazão/Agência Brasil

O arroz e feijão estão per­dendo cada vez mais espaço na mesa dos brasileiros em função do aumento das exportações destes produtos e suas maté­rias-primas, além da diminui­ção das importações desses itens, motivadas também pela mudança na taxa de câmbio que provocou a valorização do dólar frente ao real.

Somando-se ao câmbio competitivo, há a conjunção de quebra de safra e o crescimento da demanda interna impulsio­nada pelo covid-19, que trouxe maior consumo de produtos básicos – tanto pelo auxílio emergencial quanto o deslo­camento do consumo fora de casa para dentro do lar.

O Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA) está controlado porque, no acu­mulado do ano, itens como os transportes, combustíveis e re­creação estão com deflação, já a habitação, por sua vez, está com acumulado de apenas 0,76%.

Mas esta não é a realidade do grupo dos alimentos, que possuem grande importância na composição do orçamento familiar. O feijão e o arroz, por exemplo, estão respectivamen­te com inflação acumulada em 23,1% e 21,1% em 2020.

Está cada vez mais difícil para o consumidor comprar os itens que costumeiramen­te eram os primeiros a en­trar no prato do brasileiro. O arroz, feijão, leite e óleo de soja, por exemplo, estão com aumento acumulado médio em 18,85% no ano, número quase quatro vezes maior que o índice geral de preços dos alimentos (5%).

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) tem reforçado, desde o início da pandemia, para que os su­permercados associados não aumentem suas margens de lucro e repassem aos consu­midores apenas o aumento proveniente dos fornecedo­res, de modo que seja possi­vel assegurar o emprego dos colaboradores e garantir que a população tenha alimentos de qualidade à disposição.

Assim como Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e as demais 26 as­sociações estaduais afiliadas à entidade que representa o setor supermercadista nacio­nalmente, a Apas recomen­da aos supermercadistas que continuem negociando com seus fornecedores.

Orienta ainda que comprem somente a quantidade necessá­ria para a reposição, bem como ofereçam aos seus consumido­res opções de substituição aos produtos mais impactados por esses aumentos provenientes dos fornecedores de alimentos.

Acontece nesta quarta-fei­ra, 9 de setembro, às 14 horas, em Brasília, uma reunião da presidência da Abras com a equipe econômica do governo. O assunto é a elevação dos pre­ços de produtos básicos. A alta de itens como arroz, farinha de trigo, açúcar, frango, carne bo­vina, suína e óleo de soja já su­pera os 20% nos últimos nove meses até agosto.

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