Tribuna Ribeirão
Política

Aprovada contratação de novos brigadistas

Em agosto do ano passado, incêndios florestais criminosos ameaçaram condomínios de luxo e populares na cidade de Ribeirão Preto (Alfredo Risk)

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou na quarta-feira, 25 de junho, projeto de lei complementar nº 19/2025 que autoriza a contratação temporária de brigadistas para ampliar o contingente do Corpo de Bombeiros no combate aos incêndios florestais durante os meses de estiagem, entre maio e setembro. A proposta segue agora para sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Os brigadistas serão distribuídos de acordo com o maior risco de incêndios durante o período de estiagem, conforme o planejamento elaborado pelos bombeiros. O reforço será distribuído para as regiões de Ribeirão Preto, Campinas, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Araçatuba, Piracicaba, Sorocaba e Jundiaí, Santos e São José dos Campos.

Os socorristas irão trabalhar em conjunto com o Corpo de Bombeiros para mitigar os danos ambientais, econômicos e à saúde pública, diante do aumento de incêndios florestais no estado. A contratação temporária é uma estratégia para ampliar a capacidade operacional dos bombeiros de maneira eficiente e sem custos com a criação de novos cargos permanentes.

A contratação dos brigadistas será pelo período de cinco meses, entre maio e setembro, com regime de doze horas de trabalho, alternado por 36 horas de descanso. O treinamento será de 120 horas. Cada contratado irá receber R$ 2,6 mil por mês. O investimento estimado para os temporários é de R$ 343 mil por mês, correspondente ao montante total de R$ 1,7 milhão para o estado durante o período de estiagem.

Na última segunda-feira (23), com o objetivo de estabelecer estratégias e ações prioritárias para a prevenção de incêndios florestais em todo o município, a prefeitura de Ribeirão Preto lançou o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. A iniciativa busca reduzir os riscos de queimadas e incêndios, promovendo mais segurança e bem-estar à população.

O documento foi elaborado em conjunto pelas Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Infraestrutura, Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros, e define as ações que já estão sendo executadas pelo poder público municipal. “Estamos entrando no período de estiagem, propício ao surgimento de focos de incêndio” diz o secretário do Meio Ambiente, Claudio Almeida.

“Por isso, lançamos esse plano, que apresenta não apenas diretrizes, mas também todas as ações que serão executadas tanto na zona rural quanto na área urbana de Ribeirão Preto. Nosso objetivo é minimizar a ocorrência de focos e evitar um cenário como o de 2024”, explica Almeida.

O plano prevê o mapeamento das áreas de risco, que serão monitoradas de forma intensiva. Entre as ações programadas estão as zeladorias preventivas, realizadas pela Infraestrutura, como roçadas, limpezas e recolhimento de resíduos. Também estão previstas a capacitação de brigadistas de diferentes secretarias e a intensificação das fiscalizações ambientais.

Outro destaque do plano é a ampliação de campanhas e ações educativas para conscientizar e sensibilizar a população sobre a importância da prevenção de incêndios. “São atitudes simples do cotidiano que podem impactar significativamente o meio ambiente. Por isso, estamos investindo em campanhas para alertar a população sobre a importância da prevenção de incêndios e da conservação ambiental”, ressalta o secretário.

A campanha contará com ações nas redes sociais, na imprensa e no site da Prefeitura, com a publicação de conteúdos voltados à educação ambiental. Confira na íntegra o Plano de Prevenção de Combates a Incêndios Florestais (PPCIF) www.coderp.sp.gov.br/portal/pdf/ambiente206.pdf

Pelo menos 30 milhões de hectares foram destruídos pelo fogo no Brasil, em 2024, uma área 62% acima da média histórica, que é de 18,5 milhões por ano. O dado está no MapBiomas Fogo, parte da primeira edição do Relatório Anual do Fogo (RAF), com números relativos ao período de 1985 a 2024.

No ano passado, São Paulo concentrou quatro dos dez municípios com maior proporção de área queimada, três deles no entorno de Ribeirão Preto, uma região predominantemente agrícola. São eles: Barrinha, Dumont e Pontal, além de Pontes Gestal.

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