A arrecadação de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) pela Secretaria Municipal da Fazenda cresceu 13% no ano passado, em comparação com a receita de 2018, segundo dados apurados pela GissOnline, empresa do grupo Eicon Tecnologia que desenvolveu e opera, desde 2009, o sistema de coleta de tributos e emissão de notas fiscais da prefeitura de Ribeirão Preto.
Em dez anos de operação da plataforma, o crescimento de arrecadação de ISS superou 220%, índice maior que o de municípios importantes como Americana, Bauru, Limeira e Piracicaba, entre outros que não contam com a tecnologia. O setor que mais arrecadou no ano passado foi o de serviços médicos, composto por planos de saúde, clínicas, hospitais e profissionais da área, com 12,4% do total. Em seguida aparece o de advocacia, com 2,3%, e ensino superior, com 2,2%. – três segmentos muito fortes em Ribeirão Preto.
“A arrecadação de ISS em qualquer cidade é, por característica própria, extremamente pulverizada, já que a prestação de serviços é uma atividade bastante ampla”, diz Luiz Alberto Rodrigues, CEO da Eicon Tecnologia. A plataforma GissOnline permite que a prefeitura seja mais assertiva na arrecadação, já que controla desde a emissão da nota fiscal até a cobrança dos inadimplentes. “Inclusive, a inadimplência é super baixa em Ribeirão Preto. Assim, a prefeitura pode focar no que é mais importante, que é a prestação de serviço à população”, completa o executivo.
O crescimento da arrecadação em janeiro deste ano, em relação ao primeiro mês de 2019, chegou a 18%, mantendo a trajetória de alta. Foram R$ 28,4 milhões somente nos primeiros 31 dias deste ano. “Se mantivermos a perspectiva, o crescimento certamente será superior ao de 2019”, diz Rodrigues.
Os bairros que mais arrecadaram em 2019 foram o Jardim América, na Zona Sul (R$ 23 milhões em serviços prestados, com destaque para empresas do setor de saúde), o Centro, no coração da cidade (R$ 20 milhões, com predominância de prestadores dos setores bancário, de tecnologia e cartórios), e a Ribeirânia, na Zona Leste, com R$ 9 milhões (a maioria de empresas do setor de ensino superior).
Já os bairros com maior quantidade de novos prestadores de serviço são Centro, com 689, seguido pelos Campos Elíseos, com 619, e do Ipiranga – ambos na Zona Norte –, com 430. Uma análise da economia do município demonstra que, em 2019, as empresas faturaram cerca de R$ 18 bilhões com a prestação de serviços na cidade. Deste total, R$ 13 bilhões (ou 72,2%) foram de vendas de serviços para prestadoras de fora de Ribeirão Preto.
Além disso, no ano passado, 30% dos serviços comprados pelas empresas de Ribeirão Preto se originaram de outras localidades, contra 70% que foram comprados de empresas do município. “Há uma forte tendência de consumo interno, as empresas da cidade são preferência para serviços prestados dentro do município, o que é extremamente benéfico para a economia local”, diz Flávio Machado também representante da Eicon.
Novas empresas
De janeiro a dezembro do ano passado foi constatado um aumento de 14% na quantidade de empresas abertas em comparação com o mesmo período do ano anterior. São 13.590 novas inscrições municipais, contra 5.910 encerradas. Em dezembro de 2019 o município possuía 145.290 inscrições ativas, sendo 18% no sistema de tributação do Simples Nacional.
Outros 23% são de microempreendedores individuais (MEIs) e 59% de outras empresas. Além das residentes, Ribeirão Preto tem cerca de 5,3 mil inscrições municipais ativas de empresas não estabelecidas na cidade. Somadas, essas empresas emitiram mais de 14 milhões de notas fiscais em 2019.

