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Artista de Pontal lança “Vísceras de um Artista em Crise”

Darlan Ferreira durante o lançamento de “Vísceras de um Artista em Crise”, celebrando sua estreia na literatura independente | Divulgação

Nascido e criado em Pontal (SP), Região Metropolitana de Ribeirão Preto, o escritor, fotógrafo e ator Darlan Ferreira sempre encontrou na arte uma forma de enxergar o mundo com profundidade. “Sempre olhei para as coisas com a certeza de que, se procurasse bem, encontraria algo”, lembra. O primeiro palco foi a escola e a igreja, onde descobriu o teatro ainda criança. Mais tarde, a fotografia artística e performática ampliou seu entendimento sobre presença e encenação, tornando-se uma nova morada criativa.

Paralelamente, a escrita nunca o deixou. Ele ainda guarda histórias, romances e textos da época da escola — aqueles que circulavam de “carteira em carteira” e alimentavam um imaginário que só anos depois encontraria forma definitiva.

A trajetória, no entanto, foi interrompida. Darlan se afastou completamente da arte por dois anos, dedicando-se ao trabalho diário e às horas extras como ajudante de pedreiro. O ritmo intenso e a rotina exaustiva acabaram distanciando-o de qualquer processo criativo, até que um episódio simples reacendeu o que havia sido silenciado.

“Ao encontrar um quadro na gaveta do meu guarda-roupa, decidi que era hora de realizar um sonho antigo”, conta. O gesto, quase cotidiano, funcionou como ponto de retorno: havia algo ali que insistia em não desaparecer.

Desse reencontro nasceu “Vísceras de um Artista em Crise”, seu primeiro livro, lançado de maneira independente. A obra apresenta a jornada de um artista que, desde o início, admite estar perdido — e mesmo assim escolhe continuar. Darlan descreve cada página como “uma sala de galeria: ainda que com apenas uma obra, ela preenche todo o espaço”, evidenciando o caráter poético e teatral da narrativa. O livro também dialoga com uma obra visual homônima, reforçando a natureza multidisciplinar de seu processo criativo.

O lançamento realizado em Pontal marcou não apenas a estreia de um autor, mas a retomada de um caminho que por anos esteve suspenso. “Estou muito orgulhoso do trabalho que construí e agora o trabalho é espalhar essa obra”, afirma.

Ao buscar espaço para divulgar sua trajetória, Darlan acredita que seu caminho possa dialogar com outros jovens artistas da região. Para ele, compartilhar esse processo pode fortalecer quem também sonha em criar, mas nem sempre encontra estímulo. Sua história — feita de pausas, retomadas e reencontros — mostra que a arte, mesmo quando adormece, continua procurando quem a criou.

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