Por: Adalberto Luque
Luís Rinaldo da Silva, preso na Vila Mariana, zona Sul da Capital, na noite de segunda-feira (29), chegou a Ribeirão Preto na noite desta terça-feira (30). Ele passou por audiência de custódia na Capital e a Justiça confirmou sua prisão temporária.
O homem chegou na Central de Polícia Judiciária (CPJ), onde foi feito o registro do cumprimento de sua prisão temporária. Depois ele foi levado para uma unidade prisional da região, ficando à disposição da Justiça.
Silva tem longa ficha criminal, com diversas passagens por roubo e furto. Ele foi preso após um assalto nos Campos Elíseos, zona Norte de Ribeirão Preto, em 2010. Na ocasião, roubou uma viatura na fuga e chegou a ser baleado de raspão, na troca de tiros.

Segundo o delegado José Carvalho de Araújo Júnior, responsável pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), o detido foi ouvido na manhã desta quarta-feira (1º).
“Trata-se de uma associação criminosa com muitas pessoas que participaram, desde o planejamento até a execução [do assalto]. Essa oitava pessoa que foi presa anteontem e trazida ontem, está sendo ouvida na DIG da DEIC [na manhã de quarta-feira]. Teve participação nesse caso e também em outros casos semelhantes, como roubo a residência com subtração de joias e dinheiro. E não só ele, como outras pessoas que também participaram”, adiantou o delegado.
É o segundo integrante do núcleo operacional da quadrilha que assaltou um prédio residencial de alto padrão na rua Campos Salles, Centro de Ribeirão Preto, no dia 24 de setembro. O roubo foi cinematográfico. Os criminosos alugaram um apartamento no prédio, que tem um apartamento por andar.

Na véspera do assalto, quatro criminosos passaram a noite no apartamento e, na manhã seguinte, renderam moradores e funcionários, facilitando a entrada dos demais assaltantes. O prejuízo é estimado em mais de R$ 4 milhões às vítimas.
Presos
A Polícia Civil identificou três núcleos distintos na organização do assalto: financeiro, logístico e operacional. O núcleo financeiro teve quatro homens presos. Eles seriam os responsáveis por ceder as contas bancárias para receber as transferências via PIX feitas durante o assalto.
Sidney Américo Vieira e Felipe Moreira da Mata foram presos em Itapecerica da Serra, Grande São Paulo. Já João Paulo César Freires de Oliveira e Widman Henrique Américo Barbosa, foram presos na estação Sé do Metrô. Os quatro integrantes do grupo financeiro foram presos no dia do assalto.

Fabiana de Paula Fernandes Miranda e Pablo Rodrigues Cardoso, ambos integrantes do núcleo logístico, foram presos horas depois do assalto. Fabiana teria feito o PIX do depósito caução para a imobiliária onde Júlia alugou um apartamento no prédio roubado, usando documento falso.
Carlos Alberto da Silva, preso no Jardim João Rossi e Luíz Rinaldo da Silva, preso na Capital, são ambos integrantes do núcleo operacional. Teriam participado do roubo no condomínio da rua Campos Salles, ao lado de Júlia Moretti de Paula, já identificada, mas ainda foragida. As investigações prosseguem para identificar e prender todos os integrantes da quadrilha.
Relembre o caso
Na manhã de quarta-feira (24), cerca de 10 homens fortemente armados renderam moradores e funcionários de um condomínio de alto padrão na rua Campos Salles, Centro de Ribeirão Preto. O prédio tem 15 andares e um apartamento por andar.

Pelo menos quatro integrantes passaram a noite em um apartamento alugado, no 13º andar. Pela manhã, renderam zelador, porteiro, empregadas domésticas e moradores que desciam para a garagem. Depois subiam com as vítimas para os apartamentos, onde faziam os roubos e transferência via PIX usando celulares das vítimas.
O prejuízo dos moradores pode passar de R$ 4 milhões. Uma das hipóteses investigadas é que os criminosos receberam informações privilegiadas e que um dos apartamentos que não foram roubados era o principal alvo, mas o morador não foi encontrado.
Pouco antes das 09h30, o grupo fugiu nos três carros, dois encontrados em 26 de setembro já queimados e o outro, CaoaChery Tiggo azul escuro, foi encontrado ainda em 24 de setembro, na garagem de um prédio da rua Itaguaçu, Ipiranga, zona Norte de Ribeirão Preto, usado como base de apoio.

