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Bandidos levaram R$ 4 milhões de prédio

Polícia localizou perucas, roubas, capuzes, armas, R$ 75 mil, joias e celulares roubados em imóvel no Ipiranga: jovem que alugou apartamento está foragida
. Pelo menos dez bandidos participaram do assalto milionário (Divulgação/Polícia Civil), Pre Reprodução e Pre Alfredo Risk

Polícia Civil já prendeu seis suspeitos de assalto a prédio de luxo; quatro dos envolvidos são da Grande São Paulo e dois de Ribeirão Preto



Adalberto Luque



A Polícia Civil já conseguiu prender seis pessoas envolvidas no mega-assalto ao Edifício de luxo localizado na rua Campos Salles nº 1.150, no Centro de Ribeirão Preto. Com um apartamento por andar, o local foi alvo de um roubo cinematográfico na manhã de quarta-feira, 24 de setembro.

A Polícia Civil apurou que seis dos 14 imóveis do condomínio Jatiúca foram roubados, um prejuízo superior a R$ 4 milhões para as vítimas Criminosos exigiram jóias, dinheiro e celulares e obrigaram os moradores a fazer transferência via Pix.

Não quiseram roubar carros, mas levaram as chaves.

Duas das prisões ocorreram em Ribeirão Preto. A primeira presa foi a mulher responsável por fazer uma transferência via Pix para a imobiliária que alugou o imóvel usado pelos assaltantes, e onde parte do grupo passou a noite para facilitar a entrada dos demais assaltantes na manhã seguinte, quando ocorreu o crime.

Ela transferiu R$ 12 mil a título de depósito caução. Essa primeira presa já tinha passagens por tráfico de drogas. No período da tarde de quarta-feira, outro homem foi preso pelos policiais civis em Ribeirão Preto.

No início da noite, outros dois suspeitos foram detidos em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. 

Horas depois, mais dois foram presos, um deles na região da Praça da Sé, no Centro da capital paulista, e outro no Itaim Bibi, Zona Sul de São Paulo. Os quatro passariam por audiência de custódia na manhã desta quinta-feira (25), antes da transferência para Ribeirão Preto. 

Júlia Moretti, de 21 anos, de Araçatuba, está sendo procurada acusada de negociar o aluguel com a imobiliária.

Ela apresentou documentos falsos na hora da locação, em nome de Carolina Ribeiro de Camargo. Após fechar o aluguel, se hospedou em um hotel no Centro.

As Polícias Civil e Militar fizeram intensas buscas.

A força-tarefa incluiu todas as unidades da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), além da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que iniciou as apurações, com o delegado André Baldochi à frente. Integram a força-tarefa a Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (De), Delegacia de Homicídios e Grupo de Operações Especiais (GOE). 

Baldochi informou que foram identificados três grupos distintos no assalto: o núcleo financeiro, responsável por intermediar movimentações bancárias, recebimento de valores extorquidos e pagamentos logísticos, com pelo menos quatro pessoas já identificadas.

Havia o núcleo logístico, encarregado da locação do imóvel com documentação falsa, estruturação do local de apoio e suporte material aos executores. A mulher que integrava o núcleo financeiro e um dos homens do grupo logístico foram presos nesta quarta-feira.

O outro núcleo identificado foi o núcleo operacional, composto pelos executores diretos do roubo e abordagem das vítimas.

A identificação dos integrantes está em curso. Segundo Baldochi, as diligências estão avançadas e em andamento, com expectativa concreta de localização de todos os autores. A mulher que usou documentos falsos para alugar o imóvel já foi identificada, mas está foragida.

Investigações prosseguem – Em entrevista coletiva, o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-3 (Deinter-3), delegado Jorge Miguel Cury Neto, disse que não seria possível detalhar as informações para não prejudicar as investigações, mas garantiu que as buscas estão intensificadas.

O diretor do Deinter-3 (que coordena da Polícia Civil em 93 cidades da região) destacou que as buscas com policiais civis de todos os setores da Deic e policiais militares começaram imediatamente à comunicação do assalto. 

Também agradeceu à Justiça e ao Ministério Público por atenderem aos pedidos de prisão temporária dos envolvidos.

Também destacou o trabalho da Polícia Técnico-Científica.

Os peritos recolheram digitais no apartamento usado pelos criminosos no prédio assaltado. Além disso, recolheram material genético que identifica o DNA de alguns dos envolvidos.

Pouco depois, encontraram o apartamento usado como apoio pelo grupo, na Itaguaçú, no bairro do Ipiranga. Coincidência ou não, o prédio fica próximo a um bar que foi alvo de uma operação realizada pela Deic/Dise há dois meses. O bar tinha movimentação incompatível, movimentando milhões de reais em um curto espaço de tempo.

No apartamento, mais peças com digitais e material genético foram alvo do trabalho dos peritos. Neste apartamento foram encontrados muitos objetos ligados ao assalto: perucas, roubas, capuzes e armas, além de R$ 75 mil em dinheiro, joias e celulares roubados no prédio alvo da quadrilha. Um dos carros, o Tiggo azul marinho, estava na garagem do prédio.

Informações não oficiais dão conta de que a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que alguém, morador ou funcionário do prédio teria fornecido informações privilegiadas para os assaltantes.

Também é apurado se o bar, que lavava dinheiro para o tráfico, teria ligação com o imóvel usado pelos assaltantes.

Outro detalhe: um dos veículos usados no roubo, um Volkswaage Fox branco, já teria sido usado na capital em casos de invasão a condomínios. Mas nenhuma informação foi confirmada para não prejudicar as investigações.



O roubo – Pelo menos dez homens fortemente armados roubaram seis apartamentos o Edifício Jatiúca, na rua Campos Salles nº 1.150, no Centro de Ribeirão Preto. O prédio e é considerado de alto padrão, com um apartamento por andar. No total, são 14 andares. 

Uma mulher já identificada teria alugado o imóvel duas semanas antes.

Ela teria apresentado documentos falsos e outra pessoa, esta já presa, fez uma transferência via Pix no valor de R$ 12 mil, a título de caução.

Na noite de terça-feira (23), a mulher e quatro homens (um deles visto no elevador vestido como mulher) subiram para o apartamento alugado, que fica no 13º andar, e passaram à noite.

No início da manhã de quarta-feira, desceram e renderam o zelador, o porteiro e pessoas que chegavam ao edifício. Também renderam moradores na garagem do condomínio.

Todos eram levados para a sala do zelador e os moradores dominados eram obrigados a levar os assaltantes até o apartamento onde moram.

Os criminosos exigiam joias e dinheiro. 

Também faziam transferência via Pix. Um dos moradores chegou a ter o celular desbloqueado e os assaltantes fizeram duas transferências, totalizando R$ 10 mil.

Por volta de 9h30, após roubar cerca de seis apartamentos, o grupo fugiu em três carros, um Kaoa Chery Tiggo azul marinho, um Fiat Argo e um Volkswagen Fox, ambos brancos. As buscas e prisões começaram imediatamente após a comunicação do assalto. 

A expectativa é que os quatro presos na região da capital cheguem a Ribeirão Preto até a noite desta quinta-feira. Eles passariam por audiência de custódia antes de serem trazidos.

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