Por: Adalberto Luque
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou o leilão de bens que pertencem à influenciadora digital Ana Paula Ferreira, conhecida por Ana Pink. A lista de bens está avaliada em aproximadamente R$ 13 milhões.
De acordo com a Justiça, os bens foram bloqueados para garantir o ressarcimento às vítimas dos golpes atribuídos a Ana Pink e seu ex-marido Maiclerson Gomes da Silva, o Maick. Eles foram condenados por lavagem de dinheiro e golpes em aposentados, que geraram prejuízos de mais de R$ 10 milhões às vítimas.
Entre os imóveis listados para a Justiça para ir a leilão, estão uma casa em condomínio de Bonfim Paulista, zona Sul de Ribeirão Preto, avaliada em mais de R$ 2 milhões; um apartamento de alto padrão também em Bonfim Paulista, no Jardim Olhos d’Água, avaliado em R$ 2,5 milhões e um imóvel comercial na avenida Independência, Jardim Sumaré, zona Sul, avaliada em R$ 1,5 milhão.
Além disso, serão leiloados vários veículos, como a Land Rover onde ela foi fotografada e que estampava suas redes sociais, avaliada em R$ 460 mil, além de outros veículos, avaliados em quase R$ 600 mil.
Relembre o caso
Ana Pink e Maick foram alvo de uma investigação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo.
A apuração do Gaeco teve início em 2022 e apontou transações financeiras em nome de outras pessoas, obtenção indevida de dados do sistema previdenciário por meio de hackers, saques vultosos e movimentações incompatíveis com a renda declarada. Eles foram presos em 17 de março daquele ano.
O casal firmava contratos em nomes de terceiros sem autorização. Ao menos 360 mil cidadãos tiveram informações pessoais expostas.
De acordo com o Gaeco, dados sigilosos de beneficiários eram obtidos junto a uma empresa de software no Vale do Paraíba, que invadiu e explorou a base de informações do INSS.
As planilhas adquiridas por Ana Pink, segundo as autoridades, traziam detalhes como tipo de benefício, possíveis restrições, limites para crédito, banco e conta de recebimento.
Essas mesmas informações também eram coletadas por programas automatizados criados por outro investigado, que possibilitavam o acesso remoto ao sistema previdenciário.
Ana Pink e Maick foram presos em março de 2022. Ela chegou a ser levada para a Penitenciária Feminina de Guariba, mas a defesa recorreu e a prisão passou a domiciliar, porque ela tinha filhos menores de 12 anos.

Maick ficou preso até abril deste ano, quando obteve o benefício por bom comportamento. Desde então, ele aguarda às apelações em liberdade e tem restrições a cumprir.
Ana Paula, todavia, voltou para a prisão. Ela foi levada para uma cela na Penitenciária de Ribeirão Preto no dia 14 de agosto. De acordo com a Justiça, ela descumpriu as medidas impostas na prisão domiciliar. Foram cerca de 60 transgressões constatadas pelo acesso eletrônico no condomínio onde cumpria a prisão domiciliar. A Justiça negou recurso da defesa de Ana Pink para que ela voltasse a cumprir prisão domiciliar.
Os dois foram sentenciados em abril de 2023 a nove anos de prisão por participação em um esquema de fraude com empréstimos consignados, usado para lavar dinheiro e obter ilegalmente mais de R$ 10 milhões. Em maio de 2025, a pena foi ampliada para 13 anos. Ambos negam envolvimento nos delitos.
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