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Bolsonarista da região substituirá Zambelli

Barroso é aliado de Bolsonaro e migrou para o PL nas eleições de 2022 | Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O deputado federal Missionário Adilson Barroso (PL-SP), de Barrinha, na Região Metropolitana de Ribeirão Preto, vai substituir a ribeirão-pretana Carla Zambelli (PL-SP), que teve o mandato cassado por decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) após manifestação do ministro Alexandre de Moraes. O colegiado já mandou a Câmara notificar o barrinhenser.

Barroso é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e migrou para o PL nas eleições de 2022. Nas redes, ele se define como “bolsonarista de direita, conservador, patriota, amigo de Bolsonaro, Michele Bolsonaro e Nikolas Ferreira”. Antes disso, o deputado foi presidente do Patriota e trabalhou, em 2018 e 2021, para trazer Bolsonaro para o partido.

A articulação, porém, fracassou após Barroso ser expulso da presidência da legenda. Ovasco Resende, que era contrário, assumiu a função e minou os planos. Barroso já ocupava o cargo na Câmara em razão de ser o primeiro suplente do deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), licenciado para exercer o comando da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Em 2022, Derrite disputou a eleição como candidato do PL. Antes, a atuação política de Barroso ficou dentro do Estado de São Paulo. Ele foi vereador de Barrinha por dois mandatos e vice-prefeito do município entre 1997 e 2002. Depois, foi eleito deputado estadual de São Paulo entre 2003 e 2007. Foi fundador do Partido Ecológico Nacional, em 2012, que acabou virando o Patriota.

Barroso foi ser comunicado oficialmente nesta sexta-feira. Segundo ele, o prazo formal se encerra na próxima segunda-feira, 15 de dezembro. “O prazo vence na segunda-feira. A decisão já foi dada, e decisão tem que ser cumprida. Então, semana que vem a gente está lá para trabalhar”, afirmou.

O deputado declarou ainda que já esperava que a cassação de Carla Zambelli ocorresse em algum momento, diante do contexto das condenações que envolvem a parlamentar, mas ressaltou que discorda dos processos que levaram à perda do mandato.

“Não concordo com o processo ligado ao hacker, com gente ligada à esquerda, daquele período da prisão do Lula. Não dá para confiar num processo conduzido dessa forma. Também no caso da arma: se fosse, por exemplo, o (André) Janones (Avante-MG), ele teria feito um acordo, como fez em outro episódio, e estaria livre. Quando é alguém da direita, acaba sendo condenado e cassado”, disse.

Apesar das críticas, Barroso afirmou que decisões judiciais devem ser respeitadas. “Eu não concordo com nenhum desses processos, nem com as condenações. Mas decisão judicial se cumpre, se aceita”, concluiu.

A Câmara dos Deputados rejeitou a perda de mandato da deputada federal ribeirão-pretana Carla Zambelli, de 45 anos, por 227 votos a favor da cassação e 110 contra, com dez abstenções. Para aprovar a perda de mandato, seriam necessários 257 votos.

Na quinta-feira, Alexandre de Moraes anulou a decisão da Câmara dos Deputados que rejeitou a cassação da deputada Carla Zambelli e deu 48 horas para que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), dê posse ao suplente da parlamentar.

A decisão foi referendada em votação unânime na Primeira Turma, nesta sexta-feira (12). Votaram os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, relator da matéria no colegiado do Supremo Tribunal Federal.

A deputada foi condenada pelo STF em dois processos: o da invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); e o do episódio em que perseguiu um homem com arma em punho. Ela foi condenada a dez anos de prisão e a cinco anos e três meses de prisão, respectivamente.

Documentos falsos – A 1ª Turma do STF condenou Zambelli também a multa e indenização de R$ 2 milhões por ter participado como “instigadora” das invasões dos sistemas por Walter Delgatti Neto e Thiago Eliezer, presos no âmbito da Operação Spoofing.

Segundo o Ministério Público, no começo de janeiro de 2023, houve 13 invasões dos sistemas do CNJ para inserir 16 documentos falsos, como mandatos de prisão, alvarás de soltura e ordem judicial de bloqueio de ativos bancários, além de um mandado de prisão contra o ministro Alexandre Moraes, do STF, emitido por ele próprio.

Em julho deste ano, Zambelli foi presa em Roma, na Itália, onde tentava escapar do cumprimento de um mandado de prisão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes. Por ter dupla cidadania, a deputada deixou o Brasil em busca de asilo político em terras italianas após ser condenada pelo STF. Após a extradição, ela deve ficar presa em Brasília (DF).

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