Tribuna Ribeirão
Esportes

Botafogo adere “tendência” do mercado e tem alta rotatividade de técnicos

JOSÉ BAZZO/AGÊNCIA BOTAFOGO

O Botafogo surpreendeu a todos na última quinta-feira (1), véspera do feriado pro­longado de Páscoa, e anun­ciou a demissão do técnico Alexandre Gallo. No mesmo dia, o Tricolor oficializou a chegada de Argel Fucks para a sequência do Paulistão.

Responsável pelo futebol do Pantera, Paulo Pelaipe fa­lou sobre a saída de Gallo e reiterou que a diretoria não poderia ficar “omissa” ao pés­simo desempenho do clube no estadual.

“A mudança se deve em função das nossas observa­ções do dia a dia, do traba­lho e dos resultados. Nós não podemos ficar passivos, omissos no trabalho que de­senvolvemos. Por isso houve a mudança. Vimos que preci­sávamos tomar essa medida para que o Botafogo reagisse na competição, não poderí­amos esperar mais duas, três rodadas, para aí no desespe­ro fazer a mudança. Fizemos essa troca em função dos resultados, que não aparece­ram, a posição na tabela não é boa e o dirigente não pode ficar esperando que as coisas aconteçam. Temos que colo­car o peito na frente e agir”, afirmou Pelaipe.

Entretanto, apesar da ci­tada necessidade, a mudan­ça expõe um dos problemas mais claros da gestão S/A, a alta rotatividade de profissio­nais. Apesar de um discurso quase que homogêneo dos mandatários da empresa so­bre trabalhos a longo prazo, o que se vê no Botafogo é um looping de erros e demissões.

Argel Fucks é o oitavo téc­nico que trabalha no Pante­ra na gestão da BFSA. Antes dele, Léo Condé, Roberto Ca­valo, Hemerson Maria, Wag­ner Lopes, Claudinei Olivei­ra, Moacir Júnior e Alexandre Gallo comandaram a equipe desde a formatação da em­presa, em maio de 2018.

O alto índice de mudanças de profissionais no clube já foi alvo de criticas do mandatário da S/A, Adalberto Baptista. Mesmo assim, as constan­tes reformulações de elenco e trocas de treinadores não pararam. A última vez que o Pantera terminou uma com­petição sem demitir um téc­nico foi na Série C de 2018, quando Léo Condé era o co­mandante. Em todos os cam­peonatos seguintes, o Botafo­go começou com um técnico e terminou com outro.

Mercado rotativo
Apesar de o número pa­recer bastante elevado, não é só o Botafogo que demite. Adversários que disputaram competições equivalentes ao Pantera nos últimos anos como Ponte Preta e Guarani também registraram alta rota­tividade no comando técnico.

No mesmo período em que o Tricolor teve oito trei­nadores a frente de sua equi­pe, o Bugre teve exatamente o mesmo número de técni­cos. Umberto Louzer, Osmar Loss, Vinicius Eutrópio, Ro­berto Fonseca e Thiago Car­pini estão entre os profissio­nais que passaram pelo clube.

Já a Ponte Preta também teve oito comandantes. En­tretanto, a Macaca realizou 10 trocas – Gilson Kleina e João Brigatti tiveram duas passagens cada neste período. Por conta do número elevado de demissões de técnicos no futebol brasileiro, a CBF, jun­to com os clubes, limitou o número de trocas de técnicos em seus campeonatos.

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