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Botafogo encara Athletic-MG na briga contra o rebaixamento

Athletic levou a melhor no confronto do primeiro turno, em Ribeirão Preto (Raul Ramos)

Por Hugo Luque 

O Botafogo continua sua luta contra o rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro neste domingo (14), às 18h30, contra o Athletic-MG, no Estádio Joaquim Portugal. Fora de casa, o Pantera busca retomar o caminho das vitórias no confronto direto válido pela 26ª rodada da competição nacional. 

A campanha tricolor até aqui tem sido marcada pela oscilação. Foram sete vitórias, sete empates e 11 empates em 25 jogos, com alguns momentos bons – a maioria sob comando de Allan Aal –, alguns ruins e outros péssimos. 

Para a alegria da torcida, o rendimento recente mostra uma evolução, sobretudo após as movimentações da última janela de transferências. A equipe bateu em sequência Vila Nova e Goiás, mas acabou derrotada na última rodada pelo Athletico-PR. 

O confronto no Estádio Santa Cruz/Arena Nicnet foi marcado por uma homenagem ao jogador Pedro Severino, envolvido em um grave acidente de carro em março, e pelo maior público registrado pelo Botafogo nesta Série B: 3.862 pessoas. Com a bola em jogo, porém, o Pantera foi derrotado por 3 a 1, mesmo com um a mais na reta final do duelo. Crítico à arbitragem, Allan Aal explicou como superar o tropeço, apesar do bom número de chances criadas. 

“Não é fácil, mas costumo falar, até pela experiência dentro do futebol (…), que a gente tem de lamentar muito esses momentos e ficar arrasado, por tudo o que a gente entregou e esperava entregar ao torcedor. Fomos apoiados praticamente o jogo todo. O torcedor vê dentro de campo uma representatividade maior em relação a ele. O torcedor tem de se ver representado dentro de campo e fizemos isso. Infelizmente, por essas situações que eu não vou me estender para não correr o risco de ser punido, o placar foi alterado. Mas nos cobramos depois do jogo, porque cometemos erros que poderíamos evitar para passar por cima da arbitragem”, lamentou. 

O Tricolor entrou na rodada fora da zona de rebaixamento, com 28 pontos, mas ainda muito próximo da “degola”. Para se afastar de vez do perigo do descenso, é fundamental marcar gols. 

O problema é que o conjunto ribeirão-pretano terminou a 25ª rodada com o segundo pior ataque (21 gols). A defesa é outro setor que não vem bem, com cinco gols sofridos nos últimos dois compromissos, e também ocupa a vice-lanterna, mas em tentos cedidos (36). 

“A verdade é que nosso time não tem tido uma estabilidade nos resultados e somos o time que tenta defender bem para depois atacar. Tem jogos que fazemos gols e outros que não, mas estamos trabalhando para, obviamente, melhorar nesse sentido. Precisamos de mais gols e precisamos manter o zero atrás”, afirmou o centroavante equatoriano Ronie Carrillo. 

Atitude 

Quem também teme a Série C é o Athletic, que soma 29 pontos. O time mineiro vem de uma vitória, dois empates e duas derrotas. Na última rodada, a igualdade em 1 a 1 estampou o marcador diante do Vila Nova. 

Para retomar o caminho das vitórias contra o Esquadrão de Aço, estreante na Série B, Carrillo quer ver o Botafogo repetir o desempenho apresentado no triunfo por 3 a 2 contra o então líder Goiás, em 30 de agosto. 

“A atitude deve ser a mesma. Todo o time colocou a intensidade no máximo, teve atitude muito grande. Depois do gol do início, que poderia nos jogar para baixo, todos mudaram e a atitude nos fez ganhar esse jogo. Com o Athletic vai ser o mesmo. Temos um jogo importante, que temos de ir com a melhor atitude desde o começo para entrar em campo com tudo”, disse o atacante, que vislumbra tirar o Pantera da parte inferior da classificação um jogo de cada vez. 

“Acho que é um jogo muito importante como cada um. Ainda estamos perto da parte baixa da tabela, então nosso objetivo é ir lá, ganhar e sair da parte inferior. O Athletic é um time muito bom, que vem melhorando, mas nosso trabalho também vem fazendo efeito. Foram duas vitórias e também teve o jogo contra o Athletico-PR, que acho que fizemos um bom jogo, mas aconteceu muita coisa. Estamos melhorando e continuamos com esse trabalho que vai tentar primeiro salvar do rebaixamento e depois pensar mais para cima”, acrescentou. 

Dúvidas no meio-campo 

Os adversários deste domingo se enfrentaram apenas uma vez na história, justamente no primeiro turno desta Série B. Ainda com Márcio Zanardi na área técnica, o Tricolor foi batido em casa pelo concorrente mineiro por 3 a 0. Foi o penúltimo duelo antes da chegada de Allan Aal. 

O atual treinador mudou o jeito de jogar da equipe e conseguiu fazer o Botafogo reagir. Um dos pilares dessa evolução é Marquinho, autor de três gols nas últimas três rodadas. 

O crescimento do meia-atacante colocou o capitão e antes titular absoluto Leandro Maciel no banco. Entretanto, o argentino trabalhou durante os treinamentos e recuperou seu espaço no 11 inicial contra o Athletico ao recuar e atuar como volante. 

“Eu vejo que o Maciel tem plenas condições, até porque o entendimento defensivo dele evoluiu muito. A conversa que tive com ele, explicando o porquê optamos pela manutenção do [Gabriel] Bispo, foi justamente pelo desequilíbrio de ele ser um jogador mais propositivo. O lugar que a gente não pode perder é o meio de campo. (…) Eu vejo que ele está mais pronto para executar essa função. Em alguns momentos ele jogou num tripé, em outros como um meia, e hoje o vejo mais equilibrado defensivamente”, explicou Aal. 

Com Wesley Dias suspenso após ter sido expulso no fim do último jogo, Maciel deve brigar por vaga no setor intermediário com Bispo, Jhony Douglas e Matheus Barbosa, autor do golaço da vitória sobre o Goiás, mas que não entrou em campo no fim de semana passado. 

No ataque, o técnico tem outra dúvida: quem jogará pelos flancos. Jonathan Cafu vive má fase e foi substituído no intervalo contra o Furacão. Porém, os substitutos imediatos ainda não apresentam a forma física ideal. 

“A gente espera que, em breve, o Gabriel [Barros] possa ter uma minutagem maior, sem correr riscos desnecessários, porque é um jogador diferente, o único ‘beirada’ do lado direito que tem a perna esquerda como dominante. E [temos de] pensar em outras situações, como a recuperação física do Robinho, que infelizmente teve lesões recorrentes, para que a gente possa, o mais rápido possível, quando houver oscilação, não só do Cafu, mas de todos os atletas, ter soluções e peças de reposição para que nosso nível se mantenha alto”, completou o comandante botafoguense. 

Assim, uma provável escalação tem: Victor Souza; Jeferson, Edson, Carlos Eduardo e Gabriel Risso; Jhony Douglas (Matheus Barbosa), Leandro Maciel (Gabriel Bispo) e Marquinho; Jonathan Cafu (Gabriel Barros), Jefferson Nem e Ronie Carrillo. 

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