Na altitude de El Alto, equipe mandante triunfa pelo placar mínimo
A seleção brasileira foi derrotada nesta terça-feira (9) por 1 a 0 pela Bolívia na 18ª e última rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Em El Alto, o Brasil realizou um jogo apático e fez uma despedida melancólica da competição. Miguelito, jogador do Santos, emprestado ao América-MG, fez o único gol do duelo e classificou sua seleção para a repescagem intercontinental.
Um jogo em uma altitude de 4.070 metros impede que haja parâmetro claro de comparação entre a partida desta terça e exibições anteriores. Mas é fato que o Brasil teve uma atuação limitada e nada empolgante. A chegada de Ancelotti ainda não foi capaz de reverter o cenário dentro de campo.
A seleção teve seu pior desempenho desde que as Eliminatórias passaram para o atual formato de pontos corridos (adotado em 1998 e com participação brasileira a partir de 2002).
A Canarinho termina na modesta quinta colocação, que em outras edições levaria o país à repescagem. A equipe somou 28 pontos.
Encerradas as Eliminatórias, a seleção brasileira voltará a se reunir em outubro. No dia 10, às 8h (de Brasília), enfrenta a Coreia do Sul, em Seul. Quatro dias depois, visita o Japão, em Tóquio, às 7h30.
A seleção começou no ataque, mas logo o ritmo do jogo mudou. A Bolívia se fez mais presente no setor ofensivo e arriscou finalizações de média e longa distância.
Nas arquibancadas de El Alto houve mais emoção do que em campo. A cada gol que saía em Maturín, no jogo entre Venezuela e Colômbia, os torcedores reagiam e tentavam incentivar os atletas bolivianos, que precisavam ultrapassar a Vinho Tinto.
No acréscimo do primeiro tempo, finalmente a partida ganhou seu primeiro momento de tensão. Quando Venezuela e Colômbia empatavam por 2 a 2, o VAR recomendou, em El Alto, a revisão de um pênalti para a Bolívia. Bruno Guimarães teria pisado levemente a ponta do pé de Roberto Fernández. O árbitro marcou a penalidade. Miguelito cobrou, acertou o canto direito de Alisson e colocou a Bolívia em vantagem, aos 48 minutos.
O Brasil voltou para o segundo tempo em câmera lenta. Os bolivianos diminuíram o nervosismo a cada notícia de gols da Colômbia contra a Venezuela. A Canarinho tampouco demonstrava ímpeto de buscar o empate. Alisson praticou algumas boas defesas que evitaram uma derrota mais elástica dos donos da casa.
Morno, o segundo tempo serviu apenas para confirmar a vitória boliviana. O resultado pôs fim a um jejum de 16 anos sem triunfos da Verde sobre o Brasil.

