GERENTE DE FUTEBOL
Antes de ser inserido no futebol o título de ”Gerente”, como o próprio nome diz, um profissional contratado para gerir tudo que está relacionado às atividades do setor no clube, quem fazia esta função era o ”Supervisor”. Coisa antiga. Até o gerente começa a dar lugar para a expressão ”Executivo” em alguns clubes. Houve momentos em que se aplicou ”Manager”, resultado de uma mistura de esnobismo e tietagem ao futebol do exterior.
Supervisor…
Tudo isso é perfumaria, uma jogada de marketing para acompanhar a modernização do modelo de gestão. Mas, na prática, o que vale é a essência, não há diferença nestas atividades daquelas executadas pelo supervisor. A única constatação é que ”Manager”, ”Gerente” ou ”Executivo”, ninguém consegue realizar as tarefas como fazia o supervisor Tiri do Botafogo de Ribeirão Preto. Não era somente ele, havia também Mario Travaglini no Palmeiras, Isaías Tinoco no Vasco e outros pelo Brasil afora, que jamais foram substituídos à altura.
Aventureiro…
O Botafogo só conseguiu a mesma eficácia quando Henrique Salles assumiu o posto. Mas, depois, resolveu embalar num sonho com José Carlos Brunoro e até hoje o clube paga pela catástrofe daquela aventura. Agora, os ensaios indicam que o Botafogo quer embarcar em nova aventura. Perde a oportunidade de contratar um gerente de futebol de Ribeirão Preto, criar um conselho técnico e formar um novo Tiri. Há dezenas de ex-jogadores em condições para a função, com experiência dentro e fora do campo, formação superior e alguns até com doutorado. Gente que conhece o futebol local como a palma da mão. De alguns anos para cá, os dirigentes não enxergam isso. Por incompetência ou outros interesses.