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Cancelamentos em voo seguram casal de Ribeirão na Espanha

Passageiros de voo da Azul que deveria partir de Madri no sábado com destino a Campinas enfrentaram ao menos quatro cancelamentos: sem previsão de retorno (Fotos Cesar Dos Reis e Gustavo Mársico/Acervo pessoal)

Voo da Azul foi cancelado quatro vezes; passageiros ficam sem comer e têm hotel negado em Madri



José Maria 
Tomazela (AE)

Os passageiros de um voo da Azul Lins Aéreas que deveria partir de Madri (Espanha) no sábado, 11 de outubro, com destino ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo, enfrentaram ao menos quatro cancelamentos e muitos ainda estão sem previsão de voltar ao Brasil.

Eles reclamam da falta de informações e da pouca assistência, pois ficaram sem alimentação e sem lugar para dormir.

Um hotel para onde tinham sido realocados pela companhia aérea chegou a mandar os passageiros de volta para o aeroporto.

A Azul diz em nota que, devido a questões técnicas, o voo AD8755 (Madri-Viracopos) de sábado precisou ser cancelado. 

”Os clientes impactados estão recebendo a assistência prevista na Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e estão sendo reacomodados em outros voos.

A nota da Azul diz ainda que a empresa “lamenta eventuais transtornos e ressalta que medidas como essas (manutenção) são necessárias para conferir a segurança de suas operações, valor primordial para a companhia”

As equipes da Azul estão empenhadas e trabalhando para minimizar a situação e atender os Clientes da melhor forma possível”, disse.

O advogado Gustavo Luiz de Faria Mársico, de Ribeirão Preto, viajou com a mulher, a oftalmologista Fernanda Mársico, em lua de mel. No sábado, no aeroporto de Madri, eles já haviam embarcado para o retorno quando os passageiros foram informados de que havia um problema técnico com a aeronave.

“Era para termos decolado no sábado, às 13h45, horário local. Depois que quase três horas dentro da aeronave fomos informados que a gente tinha que desembarcar, pois a aeronave passaria por manutenção. Logo depois do desembarque, informaram que o voo tinha sido cancelado”, diz.

Dali para a frente, segundo ele, foi uma série transtornos.

“Nenhuma assistência da Azul, pessoal do aeroporto não tinha informação para nos passar e, para piorar, muita gente ficou sem hotel”, afirma.

Devido à demora na solução, alguns hotéis passaram a recusar os brasileiros. Um deles afixou um cartaz com os dizeres, em inglês:

“Passageiros da Azul Linhas Aéreas Brasileiras precisam ir para o aeroporto.” De acordo com Mársico, houve quatro cancelamentos de voos, inclusive o que tinha sido marcado para a 1h30 da manhã desta terça.

“Está um caos, ainda tem muita gente dependendo desse voo. A muito custo, muita insistência, consegui ser realocado, mas tem gente ainda aguardando para voltar para o Brasil.” Ele conseguiu embarcar com a mulher em um voo da Latam que chegaria ao Brasil no início da noite desta terça.

O advogado afirma que em momento algum a Azul deu satisfação aos passageiros. “Não houve um representante da empresa que fosse até o hotel. A gente estava em 300 passageiros, cada um com sua peculiaridade, viajando a lazer, a trabalho. Eu e minha esposa viajamos em lua de mel e, na hora de voltar para o Brasil, a gente teve essa experiência desastrosa. É uma coisa muito triste.”

Ele aponta sobretudo a falta de assistência da Azul. “Foi desumano todo o procedimento da companhia aérea. A gente pode adjetivar isso de várias formas, mas foi cruel o que fizeram com as pessoas. Tinha gente com dificuldade de locomoção, usando muleta, famílias com criança de colo. Além das três horas no avião, ficaram quatro, cinco horas sem se alimentar. E ainda tem gente que vai ficar 24 ou mais horas à espera.”

O advogado já decidiu que vai processar a Azul pelos transtornos.  “Alguns advogados (que estavam no voo) se prontificaram e eu, por força da profissão, vou fazer isso. Tem danos materiais, danos morais, é uma reparação bem abrangente. Todo mundo tem aí o emocional abalado, o financeiro abalado”, diz.

Muitas pessoas ficaram horas sentadas no chão do aeroporto e, quando iam ao balcão, os funcionários diziam que estavam esperando informações do Brasil. Segundo Mársico, teve passageiro que precisou emprestar dinheiro pois não tinha a moeda do país para gastar.

Ele conta que algumas pessoas compraram lanches e dividiram com outros passageiros.

A nota da Azul diz ainda que a empresa “lamenta eventuais transtornos e ressalta que medidas como essas (manutenção) são necessárias para conferir a segurança de suas operações, valor primordial para a companhia”.

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