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Caso Bigodini: Conselho de Ética 
tem nova reunião

Na primeira reunião do Conselho de Ética da Câmara foram definidos os três vereadores responsáveis pelo processo de cassação de Bigodini (Fotoa - Thaisa Coroado/ Câmara e Max Gallão Mesquita)

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Ribeirão Preto realizará nesta quarta-feira, 22 de outubro, às 15 horas, a segunda reunião para discutir o processo de cassação do vereador Roger Ronan da Silva`(MDB), o Bigodini, de 33 anos, que se envolveu em acidente de trânsito e é suspeito de dirigir embriagado e de cometer fraude processual ao supostamente mentir para policiais.

A reunião será na Sala de Comissões do Palácio Antônio Machado Sant’Anna, sede do Legislativo, na avenida Jerônimo Gonçalves nº 1.200, Vila República. O conselho é presidido pelo vereador Diácono Ramos (União Brasil) e conta com a participação de Franco Ferro (PP), Maurício Vila Abranches (PSDB), Brando Veiga (Republicanos) e Jean Corauci (PSD).

Vereador tem pedido constantes afastamentos da Câmara
(Arquivo Tribuna)

Na primeira reunião, realizada no dia 2 de outubro, sorteio definiu os integrantes responsáveis pelo processo de cassação do mandato de Bigodini: Franco Ferro, Maurício Vila Abranches e Jean Corauci, designado relator do processo.

Na segunda-feira (20), Bigodini protocolou na Câmara de Ribeirão Preto novo atestado médico com duração de mais dez dias para justificar sua ausência das atividades parlamentares. Desde 29 de setembro, Bigodini está afastado de suas funções legislativas. 

Ele apresentou atestados médicos de ansiedade e estresse. O primeiro, com prazo de quatro dias, venceu em 2 de outubro.

O segundo, de dez dias, expirou no dia 15. Aponta transtorno de estresse agudo, caracterizado por uma resposta emocional intensa a um evento traumático. 

Como o período de afastamento não chega a 15 dias, o suplente não será convocado.

A Lei Orgânica do Município (LOM) determina que a convocação só deverá ocorrer quando a licença médica ultrapassar 15 dias ininterruptos. O vereador têm feito pedidos sucessivos, impedindo a posse dos reservas.

Conselho – O acidente de trânsito envolvendo o Chevrolet Tracker cinza alugado pelo vereador ocorreu na madrugada de 28 de setembro, na avenida do Café, Zona Oeste. A defesa de Bigodini já protocolou a defesa do vereador no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. O documento tem cerca de 28 páginas e foi protocolado pelo advogado Renato Cassiano.



Cassação – Na Câmara, Bigodini passou a ser investigado após o jornalista Rodrigo Leone da Silva entrar com pedido de cassação. O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar tem 180 dias para concluir os trabalhos e emitir parecer sobre o caso. 

No dia 16, o vereador e a namorada dele, a assistente social Isabela de Cássia de Andrade Faria, de 29, faltaram ao depoimento na Delegacia Seccional de Ribeirão Preto.

O advogado do casal, Wesley Rodrigues, apresentou à Polícia Civil uma petição que concede a dupla o direito de se abster de depoimentos e permanecer em silêncio durante interrogatório.



Inabilitada – A namorada de Bigodini, que não tem Carteira Nacional de Habilitação (CNH), afirmou que ela estava dirigindo o veículo. No BO, consta que ela não apresentava sinais de embriaguez. Os dois foram levados para a Central de Polícia Judiciária (CPJ), onde a ocorrência foi registrada.

A condutora deve responder pelo crime de dirigir sem habilitação ou permissão e ainda será investigada em inquérito por autoacusação falsa. Já o vereador responde por entregar a direção do veículo automotor a pessoa não habilitada, mas op foco pode mudar se ficar comprovado que ele estava ao volante.

Será, então, investigado por fraude processual e embriaguez ao volante. Há uma contradição nos boletins de ocorrência elaborados pela Polícia Militar, que atendeu à ocorrência, e da Polícia Civil, responsável pela investigação.

A PM diz que Bigodini apresentava sinais de embriaguez – troca de palavras, odor etílico, fala pastosa, falta de equilíbrio –, e o outro não faz menção ao consumo de bebida alcoólica. O inquérito vai apurar embriaguez ao volante e se o parlamentar alterou a cena do crime, além das irregularidades já citadas. O casal se recusou a fazer o teste do bafômetro

Vídeos – Ainda no dia do acidente, vários vídeos começaram a circular nas redes sociais. Num deles, no momento da colisão, mostrou uma pessoa com camiseta branca no volante da Tracker. A namorada de Bigodini vestia blusa preta. Já o vereador usava uma camisa branca.



Defesa – Em vídeo postado anteontem nas redes sociais e endereçado à população de Ribeirão Preto, Bigodini diz que está em tratamento, cuidando da saúde. Ele se dirige às pessoas que acreditaram nele, “uma pessoa de origem humilde que já foi servente de pedreiro, motoboy e garçom e lutou muito para chegar até aqui.” 

Afirma que passou por dias difíceis, estava abalado, parou para refletir e percebeu que o caminho que estava seguindo o prejudicou muito. Antes de terminar, pede desculpas pelos transtornos, mas não fala nada sobre o acidente.

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