No ano passado, Ribeirão Preto registrou a maior epidemia de dengue da história considerando o número de casos registrados. A cidade fechou 2024 com 44.644 vítimas (dado revisado) do mosquito Aedes aegypti – transmissor da doença, das febres chikungunya e amarela na área urbana e de zika –, maior volume da história da cidade.
Supera em 27,40% o recorde de 35.043 registrado em 2016. São 9.601 a mais. Também soma 32.342 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 262,90%, segundo o Painel de Arboviroses da Secretaria Municipal da Saúde. Apesar de a prefeitura de Ribeirão Preto ter intensificado as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, já são mais de 21,3 mil casos neste ano.
Em 2025, até quarta-feira, 27 de agosto, já são 21.380 casos confirmados – além de 34.580 sob investigação –, contra 41.711 do mesmo período do ano passado (22 pessoas morreram neste intervalo de 2024), 20.331 a menos e queda de 48,74%. Em uma semana, mais 50 pacientes procuraram atendimento na cidade, mesmo número do período anterior e bem inferior aos de maio e abril, quando chegou a 1.162 e 1.738 em sete dias, respectivamente.
Em julho do ano passado não houve mortes e a cidade registrou 1.265 ocorrências não fatais, contra 60 do sétimo mês de 2025, sem óbito. São 1.205 a menos, queda de 95,26%. Em parte por causa da estiagem, também caiu 84,04% em relação aos 376 de junho, 316 a menos. Em janeiro, 3.704 pessoas pegaram dengue em Ribeirão Preto. São 5.808 casos em fevereiro, 6.315 de março, 3.487 casos de abril e 1.615 de maio. Há 15 casos em agosto.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, já são onze óbitos por causa da dengue neste ano: quatro em janeiro, outro em fevereiro, quatro em março e dois em abril, entre eles a de um menino de seis anos. As demais vítimas são sete idosos acima de 60 anos – quatro senhoras e três senhores – e três adultos na faixa de 20 a 39 anos, dois do sexo feminino e um dos masculino.
Segundo o Painel de Arboviroses, há um óbito sob investigação, de um homem acima de 60 anos. Outro foi descartado. Ribeirão Preto registrou 26 mortes em decorrência de dengue no ano passado – 14 mulheres e doze homens. Não há mais mortes em investigação referente a 2024, quando a cidade superou em 189% o número de mortes do período anterior.
São 17 a mais que os nove de 2023. Desde 2013 já são 80 óbitos por dengue no município. São seis de 2013 e cinco de 2015. Em 2014 não houve mortes na cidade. O número de 26 mortos pelo mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e das febres amarela e chikungunya – do ano passado já é o maior em pelo menos nove anos (desde 2016).
Regiões – Em 2025, dos 21.380 casos de dengue confirmados em Ribeirão Preto, 8.069 têm entre 20 e 39 aos, 5.761 pacientes têm entre 40 e 59 anos, 2.827 têm mais de 60 anos, 2.822 são do grupo de 10 a 19 anos, 1.178 são crianças de 5 a 9 anos, 589 têm entre 1 e 4 anos e 134 vítimas tem menos de 1 anos. Neste ano, são 6.679 na Zona Leste, 5.055 na Oeste, 4.150 na Sul, 2.756 na Central e 2.734 na Norte de Ribeirão Preto, além de seis sem identificação de distrito.
Ribeirão Preto fechou 2023 com 12.302 casos de, 4.820 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,42%. Em pouco mais de 16 anos, a cidade já registrou 226.889 casos de dengue. Foram contabilizadas 316 ocorrências de febre chikungunya em 2024, onze importadas. Uma pessoa morreu. No ano anterior, foram 121, sendo 107 autóctones. São 205 em 2025, cinco importados.

