No ano passado, Ribeirão Preto registrou a maior epidemia de dengue da história considerando o número de casos registrados.
A cidade fechou 2024 com 44.630 vítimas (dado revisado) do mosquito Aedes aegypti – transmissor da doença, das febres chikungunya e amarela na área urbana e de zika –, maior volume da história da cidade.
Supera em 27,36% o recorde de 35.043 registrado em 2016. São 9.587 a mais. Também soma 32.328 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 262,79%, segundo o Painel de Arboviroses da Secretaria Municipal da Saúde.
Apesar de a prefeitura de Ribeirão Preto ter intensificado as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, já são mais de 21,4 mil casos neste ano. Em 2025, até esta quarta-feira, 8 de outubro, já são 21.451 casos confirmados – além de 36.194 sob investigação –, contra 42.169 do mesmo período do ano passado (23 pessoas morreram neste intervalo de 2024), 20.718 a menos e queda de 49,13%.
Em uma semana, mais 16 pacientes procuraram atendimento na cidade, contra 25 do período anterior e bem inferior aos números de maio e abril, quando chegou a 1.162 e 1.738 em sete dias, respectivamente. Em setembro do ano passado houve uma morte e a cidade registrou 344 ocorrências não fatais, contra 19 do nono mês de 2025, sem óbito.
São 325 a menos, queda de 94,48%. Em parte por causa da estiagem, também caiu 47,22% em relação aos 36 de agosto, 17 a menos. Há um caso em outubro. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, já são onze óbitos por causa da dengue neste ano, entre eles o de um menino de seis anos.
As demais vítimas são sete idosos acima de 60 anos – quatro senhoras e três senhores – e três adultos na faixa de 20 a 39 anos, dois do sexo feminino e um dos masculino. Segundo o Painel de Arboviroses, não há óbito sob investigação.
Ribeirão Preto registrou 26 mortes em decorrência de dengue no ano passado – 14 mulheres e doze homens. A cidade superou em 189% o número de mortes do período anterior. São 17 a mais que os nove de 2023. Desde 2013 já são 80 óbitos por dengue no município.
O número de 26 mortos pelo mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e das febres amarela e chikungunya – do ano passado já é o maior em pelo menos nove anos (desde 2016).
Regiões – Em 2025, dos 21.451 casos de dengue confirmados em Ribeirão Preto, 8.107 têm entre 20 e 39 aos, 5.780 pacientes têm entre 40 e 59 anos, 2.830 têm mais de 60 anos, 2.829 são do grupo de 10 a 19 anos, 1.179 são crianças de 5 a 9 anos, 591 têm entre 1 e 4 anos e 135 vítimas tem menos de 1 anos. São 6.713 na Zona Leste, 5.064 na Oeste, 4.157 na Sul, 2.765 na Central e 2.748 na Norte de Ribeirão Preto, além de quatro sem identificação de distrito.
Em pouco mais de 16 anos, a cidade já registrou 226.946 casos de dengue. Foram contabilizadas 316 ocorrências de febre chikungunya em 2024, onze importadas. Uma pessoa morreu. No ano anterior, foram 121, sendo 107 autóctones. São 206 em 2025, cinco importados.

