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Dengue provoca mais uma morte

© Reuters/Paulo Whitaker/Direitos Reservados

Ribeirão Preto registrou mais 120 casos de dengue em uma semana e atingiu 10.822 entre 1º de janeiro e quarta­-feira, 12 de julho, 44,64% aci­ma das 7.482 ocorrências de todo o ano passado. São 3.340 vítimas do mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikun­gunya – a mais. A cidade já enfrenta nova epidemia, mas com a chegada do inverno e do clima seco, houve desace­leração no município.

Na semana anterior, a Se­cretaria Municipal da Saúde havia confirmado 259 casos. Já são oito mortes em decor­rência da doença em 2023, três em março, duas em abril, duas em maio e uma em ju­nho. Os dados do painel da pasta mostram que os 10.798 do primeiro semestre deste ano estão 58,19% acima dos 6.826 do mesmo período de 2022. São 3.972 a mais. A mé­dia em 2023 é de 56 por dia, um a cada 26 minutos.

Ainda há 19.548 casos em investigação. Ribeirão Preto fechou 2022 com 20 ocorrên­cias diárias, em média. O vo­lume de chuva bateu recordes no município no verão e início de outono. Somado à falta de atenção e cuidado da popula­ção, propiciou o surgimento de criadouros e a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

São 454 casos de dengue em junho, 402 a menos que os 856 do mesmo mês do ano passado, queda de 46,96%. Na comparação mensal, a tendência é de queda com a chegada do outono e inver­no, estações mais secas. São 2.271 a menos que os 2.725 de maio, recuo de 83,33%. Abril soma 3.843 registros. Em julho são 24 ocorrências.

O município teve 399 em janeiro, 888 em fevereiro e 2.489 em março. O número de casos de dengue no ano passado, em Ribeirão Preto, é 20 vezes superior ao total de 2021 inteiro. Entre 1º de janeiro e 31 de dezembro, a cidade contabilizava 7.482 vítimas do mosquito Aedes aegypti, contra 360 de 2021. São 7.122 a mais em 2022 e alta de 1.978%. Os números mudam toda semana.

Alerta
O aumento de casos da do­ença acende o sinal de alerta na cidade. Em 2021, o núme­ro de casos despencou em Ri­beirão Preto, na comparação com o ano anterior. Segundo dados do Boletim Epidemio­lógico, divulgado pela Secre­taria Municipal da Saúde, em 2020 foram registrados 17.606. Ou seja, a queda é de 98%, ou 17.246 a menos.

Faixa etária
A última vez que Ribeirão Preto declarou epidemia de dengue havia sido há três anos, na primeira metade de 2020, a sexta em pouco mais de uma década. Na época, a média di­ária de pessoas diagnosticadas com o vírus transmitido pelo Aedes aegypti em 365 dias foi de 48, duas por hora.

Neste ano, das 10.822 víti­mas, 3.893 pessoas têm entre 20 e 39 anos, outras 2.675 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 1.792 estão entre 10 e 19 anos, 1.278 têm mais de 60 anos, 845 são crianças de 5 a 9 anos, 284 têm entre 1 e 4 anos e 55 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 3.659 casos na Zona Leste, 2.624 na Oeste, 1.677 na Norte, 1.584 na Sul e 1.236 na Central, além de 42 sem identificação de distrito.

Chikungunya
Em 14 anos, Ribeirão Pre­to já registrou 159.654 casos de dengue. Em 2021, teve dois casos de febre chikungunya importados da Praia Grande, no litoral sul de São Paulo, e Goiânia, capital do Estado de Goiás. Em 2022 foram cinco ocorrências, quatro importa­das. Neste ano são 58 casos, doze importados.

Não há casos de zika ví­rus e febre amarela em 2021, 2022 e neste ano. Em 2019, a cidade registrou 79 casos de sarampo. Em 2020, mais quatro, totalizando 83 desde então. Não há ocorrências nos três últimos anos. Oitenta por cento dos focos de dengue es­tão dentro das casas da cida­de. A prefeitura tem realizado vários mutirões para recolher criadouros do vetor, mas a po­pulação tem de colaborar.

A Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde tem visitado imóveis e realizado mutirões em todas as regiões da cidade, orientando mora­dores sobre o risco de dei­xar a céu aberto recipientes que possam acumular água e servir de criadouro do Aedes Aegypti, além de recolher material inservível. Porém, para acabar com a dengue a população tem que colabo­rar. Toneladas de material foram recolhidas.

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