O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) realizou a pesquisa “Evolução do cenário – panorama dos pacientes diagnosticados com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e outras doenças prevalentes”, no período de 6 a 16 de junho.
Foram 88 hospitais privados paulistas que responderam à pesquisa, sendo 68% da capital e Grande São Paulo e 32% do interior, enquanto na pesquisa do ano passado (4 a 14 de junho de 2024) 81 hospitais participaram, sendo 75% da capital e Grande São Paulo e 25% do interior. No geral, 85% apontaram aumento no número de internações, contra 47% de 2024.
Para o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, o aumento das internações e dos atendimentos nos serviços de pronto socorro deve-se em grande medida ao baixo índice de vacinação contra a gripe, que atinge apenas 35% de adesão no país.
“Recomendamos cuidado à população para que se proteja em ambientes de aglomeração usando máscaras e que diante de qualquer sintoma gripal, evitem contato direto com outras pessoas para reduzir a contaminação. E o mais importante é que se vacinem contra a influenza”, alerta.
Balestrin observa que o surto de Srag começou mais cedo este ano, antes do inverno, portanto pode-se acreditar que a situação tende a se agravar, exigindo a vacinação dos grupos mais vulneráveis especialmente crianças e idosos.
A pesquisa mostra aumento de internações em UTIs em 64% dos hospitais da amostra enquanto na pesquisa do ano passado eram 49% dos hospitais que apontavam esse aumento, que foi de 6% a 10% tanto no levantamento atual como no anterior.
As internações em leitos clínicos não mostram um cenário diferente: 54% dos hospitais observam aumento de internações em leitos clínicos pediátricos enquanto no ano passado eram 24% que indicavam aumento desse tipo de internação, sendo o crescimento na faixa de 11% a 20%.
Nos leitos clínicos adulto, 56% dos hospitais relatam crescimento das internações enquanto no ano passado eram 38% dos hospitais que apontavam aumento de 11% a 20% nesse tipo de internação. Também nos leitos clínicos adulto e pediátrico, o tempo médio de internação mantém-se em 5 a 10 dias.
Segundo a pesquisa, 74% dos hospitais relatam aumento no número de atendimentos no pronto atendimento, urgência ou emergência, de Srag, sendo que no ano passado eram 58% dos hospitais que observavam esse aumento. A faixa etária predominante nos atendimentos refere-se a pacientes de 30 a 50 anos em ambas as pesquisas.
A pesquisa perguntou ainda: “Quais outras doenças estão prevalecendo e levando pacientes a internações em seu hospital? Assinale as três principais opções”. De acordo com os dados, 39% dos hospitais listaram pneumonia bacteriana ou viral, 32% informam que são as viroses respiratórias em geral (influenza ou covid-19) e 7% relatam crises de asma e exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).