Após romper o piso de R$ 5,30 pela manhã, quando registrou mínima de R$ 5,2945, o dólar à vista ganhou fôlego à tarde e encerrou a sessão desta quarta-feira, 1º de outubro, em alta de 0,11%, cotado a R$ 5,3286.
Operadores afirmam que o ambiente local de cautela, diante das incertezas sobre o desfecho da votação pela Câmara dos Deputados do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda, limitou o apetite pelo real. Parte da formação da taxa de câmbio também refletiu o comportamento do dólar no exterior, em dia marcado pelo início de uma paralisação parcial do governo dos Estados Unidos (EUA), o chamado “shutdown”, provocada pelo impasse orçamentário no Congresso norte-americano.
O dólar operou abaixo de R$ 5,30 justamente quando o Índice DXY – que mede o desempenho da moeda americana ante uma cesta de seis divisas fortes – tocou mínima no exterior, aos 97,462 pontos, sob impacto de dados fracos do mercado de trabalho nos EUA.
No fim da tarde, o DXY, que chegou a ensaiar um alta modesta, mas operava em ligeira queda, na casa dos 97,700 pontos. A divisa sobe 0,11% em outubro e cai 0,18% na semana, após terminar a passada com ganho de 0,32% e após quedas de 0,62% e de 1,08% nas antecedentes. Encerrou setembro em baixa de 1,85%.
Fechou junho em queda de 4,99% e julho com valorização de 3,07%. Recuou 3,19% em agosto. Cai 13,76% no ano, após fechar 2024 com alta de 27,34%.
O Ibovespa – índice de referência da B3 – caiu nesta quarta-feira 0,49%, aos 145.517,35 pontos, com giro financeiro a R$ 23,3 bilhões neste meio de semana. Da mínima à máxima do dia, oscilou dos 145.193,28 aos 146.879,33 pontos, tendo saído de abertura aos 146.236,87 pontos.
Recua 0,49% no mês e sobe 0,05% na semana, após perda de 0,29% na passada. Na anterior, então já também em máximas históricas, havia avançado 2,53%. A referência sobe encerrou setembro em alta de 3,40%, seu melhor desempenho para o mês desde 2019 (então em alta de 3,57%). Avançou 6,28% em agosto. Registra alta de 20,98% no ano, após queda de 12,75% em 2024.

