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Em ‘Massacre na Escola’, ação é vista como feminicídio em massa

Por Matheus Mans

Foi em 7 de abril de 2011 que um inédito atentado deixou o Brasil paralisado: na Escola Municipal Tasso da Silveira (em Realengo, no Rio), que estava de portas abertas para comemorar seus 40 anos de atividade, um ex-estudante entra e faz mais de 30 disparos contra alunos. Doze deles, sendo 10 meninas, foram mortos. Agora, passados 12 anos, o caso é relembrado com a série documental Massacre na Escola: A Tragédia das Meninas de Realengo, já disponível no streaming HBO Max e na HBO.

Dirigida por Bianca Lenti, a série é o primeiro grande mergulho no caso em uma tentativa de entender melhor o que aconteceu dentro da escola – mas também de olhar para o caso a partir de uma ótica que se transformou ao longo dos anos e, infelizmente, continuou e cresceu no País.

“Estudamos o caso e entendemos que o massacre de Realengo tinha sido um feminicídio em massa”, conta a diretora da série ao Estadão. “O feminicídio ainda não tinha sido tipificado como crime, mas, das 12 vítimas, 10 eram meninas. Das 24 pessoas atingidas, 20 eram meninas. Começamos a investigar e foi isso que chamou a nossa atenção.”

SENSIBILIDADE

De lá para cá, mudaram as conversas sobre massacres em escolas que, na época, ainda eram incomuns. Bianca precisou de muita sensibilidade para contar essa história – e teve de compreender todas as nuances antes de as levar à tela. Exemplo: o nome do assassino, amplamente divulgado na época, foi borrado nas cenas em que o documentário resgata reportagens.

“Começamos a filmar a série em 2022 e tudo mudou. O contexto só piorou com a radicalização do discurso de ódio e a defesa do acesso a armas de fogo. Testemunhamos mais seis massacres em escolas nos últimos meses”, diz a cineasta. “O objetivo era dar voz às vítimas, que vinham sempre em segundo plano.”

Bianca conta que, enquanto dirigia o documentário e conversava com especialistas, não ficou surpresa com a explosão de casos similares em 2022 e 2023. “Sabíamos que não era questão de ‘se’, mas de ‘quando’. Tudo nos conduzia para esse quadro que vemos hoje”, explica. “A série foi ficando cada vez mais importante. Não é uma série true crime de espetacularização de um crime, mas um programa que propõe um debate social.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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