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Estupros voltam a bater recorde

Os 28 casos de estupro registrados em setembro deste ano representam o maior número desde que a pesquisa passou a ser divulgada, em 2001 | Reprodução

Segundo as estatísticas criminais divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP/SP), as ocorrências envolvendo denúncias de estupro, em Ribeirão Preto, cresceram 27,27% em nove meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2024, de 132 para 168. São 36 a mais, um a cada 39 horas.

Está a nove casos de igualar o total do ano anterior. São 28 em setembro, novo o recorde mensal da série histórica, o maior número desde que a pesquisa passou a ser divulgada, em 2001, superando os 26 de julho e agosto de 2025. Cresceu 100% na comparação com os 14 do nono mês de 2024, 14 a mais.

Janeiro teve 16 casos, fevereiro 15, março 13, abril 14, maio 13 e junho, 17 ocorrências. Dos estupros registrados neste ano, 120 envolvem crianças ou adolescentes, que estão nos grupo dos “vulneráveis”, 71,43% do total, segundo a Secretaria de Segurança Púbica. Os dados foram atualizados nesta sexta-feira, 31 de outubro.

Segundo a SSP-SP, as ocorrências envolvendo denúncias de estupro recuaram 7,81% no ano passado em Ribeirão Preto em relação a 2023, de 192 para 177. São 15 casos a menos. A média em 2024 foi de uma denúncia a cada 49 horas (cerca de dois dias). O recorde da série histórica pertence a 2023.

O ano de 2024 é o segundo com mais casos. Os dois anos com menor quantidade e denúncias são 2005 e 2007, com 39 cada. Em 2024, foram 13 ocorrências em janeiro, mais 13 em fevereiro, 15 em março, seis em abril, 13 em maio, 19 em junho, 18 em julho, 21 em agosto, 14 em setembro, 21 em outubro, 16 em novembro e 13 em dezembro.

Os meses com mais casos no ano passado foram agosto e outubro, terceiro maior número de denúncias da série histórica. Dos estupros registrados no ano passado, 117 envolveram crianças ou adolescentes, 66,10% do total. Os 192 casos de 2023 superaram em 36,17% os 141 de 2022. São 51. A maioria das denúncias foi registrada na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

Dos 192 ataques consumados em 2023, em Ribeirão Preto, 135 envolveram crianças ou adolescentes, 70,31% do total. A média naquele ano ficou em um crime a cada 45 horas. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo diz que os casos de estupro podem ser denunciados na DDM.

O crime de estupro é o que tem o mais alto índice de subnotificação. De acordo com especialistas no tema, o número real de casos pode ser até quatro vezes maior do que o registrado atualmente, já que grande parte dos crimes acontece no ambiente familiar, que dificulta o flagrante e as denúncias.

Desde 8 de março, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Ribeirão Preto atende 24 horas por dia, sete dias por semana para ampliar o suporte às vítimas de violência. Está localizada na avenida Costábile Romano nº 3.230, na Ribeirânia, Zona Leste da cidade.

Homicídios O número de homicídios dolosos ficou estável nos primeiros nove meses em relação ano passado, 24 em cada período, um a cada onze dias. Foram duas ocorrências em setembro, contra duas de agosto, queda de 50%. Cresceu 100% em relação ao único caso do nono mês de 2024

A cidade ainda registrou dois crimes em janeiro, nenhum assassinato em fevereiro, cinco em março, seis em abril, um em maio, três em junho e uma em julho. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, houve um latrocínio em agosto – roubo seguido de morte –, o único de 2025, contra três do mesmo período de 2024. São 25 mortes violentas este ano na cidade.

Balanço anual – No ano passado, 33 pessoas morreram vítimas de homicídio doloso em Ribeirão Preto, segundo 32 boletins de ocorrência registrados nos sistemas da SSP-SP. Houve uma morte a menos em relação aos 34 óbitos de 2023 (de acordo com 32 BOs), queda de 2,94%.

A média no ano passado foi de um crime de morte a cada onze dias. É o número de vítimas de violência mais baixo desde o início da série histórica da Secretaria de Segurança Pública, que começou em 2001. O recorde de mortes desde o início da série histórica pertence ao primeiro ano do levantamento, 2001, com 181 vítimas – mortes denunciadas em 176 boletins de ocorrência.

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