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EUA vão começar a agir em terra na Venezuela

Estados Unidos apreenderam um grande navio petroleiro na costa da Venezuela, em meio ao aumento das tensões entre Washington e Caracas | Foto: Truth Social/Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o governo americano intensificará os ataques contra narcotraficantes na Venezuela, revelando que ações terrestres no país ocorrerão “muito em breve”, durante um evento no Salão Oval na noite de quinta-feira, 11 e dezembro.

Ao ser questionado por repórteres na Casa Branca sobre a apreensão de um navio petroleiro perto da costa da Venezuela, Trump justificou a operação e acusou Caracas de ter enviado criminosos intencionalmente aos EUA como imigrantes.

“[A ação contra a Venezuela] é sobre muitas coisas, eles nos trataram de forma ruim, e agora nós não estamos tratando eles tão bem”, disse Trump, que afirmou ter diminuído 92% a entrada de drogas pelo mar nos EUA desde que o país começou a abater embarcações no Caribe e no Pacífico. “E nós vamos começar [a agir] por terra também. Vai começar por terra muito em breve”, acrescentou o presidente americano.

Na quarta-feira (10), os Estados Unidos apreenderam um grande navio petroleiro na costa da Venezuela, em meio ao aumento das tensões entre Washington e Caracas. “Acabamos de apreender um petroleiro na costa da Venezuela, um grande petroleiro, muito grande – o maior já apreendido, na verdade”, disse Trump a jornalistas.

“E outras coisas estão acontecendo, vocês verão mais adiante”, ele acrescentou, no início de uma mesa-redonda com empresários e altos funcionários. Trump não deu detalhes adicionais sobre a operação, mas dois oficiais americanos disseram, sob condição de anonimato, que a apreensão ocorreu após um “planejamento deliberado” e que não houve resistência da tripulação ou vítimas durante a operação.

O governo da Venezuela respondeu em um comunicado que a apreensão “constitui um roubo flagrante e um ato de pirataria internacional”. “Nestas circunstâncias, as verdadeiras razões para a agressão prolongada contra a Venezuela foram finalmente reveladas. Sempre se tratou dos nossos recursos naturais, do nosso petróleo, da nossa energia, dos recursos que pertencem exclusivamente ao povo venezuelano”, afirmou o comunicado.

Washington enviou em agosto uma flotilha de navios e aviões de combate ao Caribe com o argumento de lutar contra o narcotráfico Caracas, no entanto, considera que essa mobilização busca, na realidade, derrubar o ditador Nicolás Maduro e se apropriar das reservas de petróleo do país. Trump conversou recentemente por telefone com Maduro, sobre um possível encontro.

O governo americano desenvolveu uma série de opções de ação militar no país, que vão desde atacar Maduro até assumir o controle dos campos de petróleo do país. Trump expressou repetidamente reservas sobre uma operação para derrubar Maduro, segundo assessores, em parte por medo de que ela possa fracassar

Contudo, desde setembro, os Estados Unidos têm atacado embarcações na região que, segundo o governo Trump, traficam drogas. As forças armadas lançaram 22 ataques conhecidos, matando mais de 80 pessoas.

Trump também ordenou um aumento das forças americanas na região, com mais de 15.000 soldados e uma dúzia de navios no Caribe. O presidente americano autorizou ações secretas contra a Venezuela e já havia alertado que os Estados Unidos poderiam “muito em breve” expandir seus ataques de barcos na costa venezuelana para alvos dentro do país. Mas até então, o destacamento militar americano não havia afetado a atividade de navios petroleiros.

O navio abatido na quarta-feira tinha sido utilizado durante anos pela Venezuela e pelo Irã para transportar petróleo apesar das sanções internacionais contra ambos, disse, após a apreensão, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi. Ela também publicou um vídeo nas redes sociais que mostra o momento em que integrantes da Guarda Costeira do país apreenderam o navio petroleiro na costa da Venezuela.

A operação de quarta-feira ocorreu no mesmo dia em que o Prêmio Nobel da Paz foi formalmente concedido à dissidente venezuelana María Corina Machado. Sua filha recebeu o prêmio em seu nome em Oslo.

 

Venezuela acusa EUA de ‘pirataria internacional’

A Venezuela denunciou o que chamou de “ato de pirataria internacional” após o que descreve como o “roubo descarado” de um navio petroleiro no mar do Caribe, atribuído diretamente aos Estados Unidos. O governo venezuelano ainda destaca que a ação foi “anunciada de maneira pública” pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevando ainda mais as tensões entre as duas nações.

O texto, enviado via Telegram pelo ministro das Relações Exteriores do país, Yván Gil Pinto, afirma que não se trata de um episódio isolado. O governo diz que Washington “já em sua campanha de 2024 afirmou abertamente que seu objetivo sempre foi ficar com o petróleo venezuelano sem pagar nenhuma contraprestação”, interpretando o incidente como parte de um “plano deliberado de despojo de nossas riquezas energéticas”.

A Venezuela também relaciona o episódio ao litígio envolvendo a Citgo, chamando-o de “roubo mediante mecanismos judiciais fraudulentos e à margem de qualquer norma”. Em outra frente, o comunicado ainda denuncia tentativas de “mudança de regime”, com uma saída forçada de Nicolás Maduro, apoiadas por governos ocidentais.

Os EUA anunciaram na quarta-feira, 10 de dezembro, que capturaram um navio petroleiro na costa da Venezuela. “Como vocês provavelmente sabem, acabamos de apreender um petroleiro na costa da Venezuela”, afirmou Trump. “É um grande petroleiro, muito grande. O maior já apreendido.”

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