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Faltam remédios para doença mental em RP

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É grave a situação de cen­tenas ou milhares de pacientes com doenças mentais, como esquizofrenia e epilepsia, que estão há pelo menos dois me­ses sem receber medicamen­tos pela farmácia pública do governo estadual, conhecida como Farmácia de Alto Custo.

São pessoas de Ribeirão Preto, da grande região e até de outras partes do Estado que dependem desses remé­dios para conter as crises, que envolvem até mesmo risco de morte. Os medicamentos são caros e, sem condições de comprar, as famílias buscam apoio do poder público.

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), já determi­nou providências para resolver o assunto às secretarias de Go­verno, Casa Civil e Ministério da Saúde. A decisão foi tomada depois que o deputado estadual Rafael Silva e o federal Ricardo Silva, ambos do PSB, enviaram ofícios a todos os níveis de go­verno, pedindo que sejam feitas compras emergenciais.

Os documentos foram rece­bidos nos gabinetes do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; do governador João Doria (PSDB); do secretário estadual de Saú­de, Jean Gorinchteyn; do pre­feito Duarte Nogueira (PSDB) e do secretário municipal de Saúde, José Carlos Moura.

Um dos medicamentos em falta é a clozapina, para esqui­zofrenia. Só no Hospital das Clínicas de Ribeirão são cerca 200 pacientes que fazem uso. Cada caixa pode custar até R$ 300. Há pacientes que preci­sam de nove caixas por mês, o que daria até R$ 2.700.

Com a falta do remédio, pacientes dessa doença podem perder todos os anos de trata­mento, há crises, sensação de perseguição, ouvem vozes, so­frem convulsões, se trancam e podem cometer todo tipo de ato. Alguns estão sendo interna­dos, por essas crises, neste mo­mento em que os hospitais so­frem com aumento de casos de covid-19 e de síndrome gripal.

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou ao Tribuna que há déficit de clozapina. Por meio de nota, informa que “o medicamento clozapina é de responsabilidade de aquisição e distribuição pelo Ministério da Saúde. O Estado apenas redistribui o medica­mento e comunicará os pacien­tes assim que o órgão federal re­alizar as entregas e as farmácias forem abastecidas”.

Ressalta ainda que “Secreta­ria de Estado da Saúde de São Paulo segue cobrando o governo federal para a regularização das entregas.” O Tribuna questio­nou o Ministério da Saúde, por e-mail, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

O deputado federal Ricardo Silva ressalta que não é hora de apontar quem falhou, que isso deve, sim, ser verificado para que não haja mais falta, mas que o momento é de buscar solução. “Os pacientes precisam de aju­da, e todos os níveis de governo têm o dever de atuar”, diz.

“Seja federal, seja estadual. São eles que controlam a verba pública e podem determinar uma compra emergencial. É isso que estamos cobrando, de forma imediata. O que não po­demos permitir é que as famí­lias sofram, que essas pessoas não tenham direitos mínimos respeitados”, ressalta.

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