Por: Adalberto Luque
A Polícia Civil prendeu um casal e o filho deles, na manhã desta segunda-feira (15), após uma operação realizada em Ribeirão Preto por policiais civis de Campinas. Os três são suspeitos de um esquema onde mercadorias desviadas de empresa em Campinas eram armazenadas em residência na Ribierânia, zona leste de Ribeirão Preto.
A Polícia Civil de Campinas investigava o esquema, que era praticado há alguns anos. O homem, funcionário da empresa, retirava as mercadorias da empresa sem registrar a saída dos produtos. Segundo o delegado Elton Costa, de Campinas, a suspeita se materializou após o desaparecimento de uma peça isolada, pequena, específica, de alto valor.
O delegado explicou que, durante as investigações, a peça foi localizada em um site de vendas pela internet. A empresa, de Ribeirão Preto, era do filho de um funcionário da empresa que, diariamente, buscava produtos em Campinas para trazer até o depósito de Ribeirão Preto. As investigações prosseguiram e os policiais concluíram que o material era desviado pelo funcionário.
Apesar de um sofisticado esquema de controle da empresa campineira, o funcionário teria descoberto uma forma de burlar o sistema e lançava os produtos desfiados como se fossem extraviados, sem despertar suspeitas. Depois trazia o material desviado para sua residência, na Ribeirânia. Os produtos eram armazenados e o filho do homem investigado era responsável por anunciar e vender os produtos pela internet, com preços abaixo dos de mercado.
Para garantir acesso às principais plataformas de vendas online, o filho do suspeito, que é formado em contabilidade, teria aberto uma empresa. Ele e a mãe cuidavam dos negócios e o pai desviava os produtos.
A identidade dos envolvidos ou da empresa prejudicada não foram revelado. Grande quantidade de produtos desviados foram localizados na casa que funcionava como depósito.
Pai, mãe e filho foram presos. O funcionário vai responder por furto qualificado. Sua esposa e o filho vão responder por receptação. E os três vão responder por organização criminosa. Os três foram levados para a Central de Polícia Judiciária (CPJ), após o cumprimento dos mandados. Eles vão cumprir prisão temporária. Encaminhados para uma unidade prisional, devem passar por audiência de custódia nesta terça-feira para então serem levados para Campinas, onde o caso tramita na Justiça.
O delegado explicou que os sigilos telefônico e telemático dos envolvidos foi quebrado e a análise dos dados vai possibilitar descobrir há quanto tempo o golpe é praticado. Desta forma, será possível calcular o tamanho do prejuízo causado pela família à empresa distribuidora.

