Tribuna Ribeirão
Economia

Fazenda investiga fraude de R$ 350 mi

A Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo deflagrou nesta quinta-feira, 31 de janeiro, a Operação Sebo Virtual, em diversas regiões do Estado, para reprimir fraude fiscal estruturada no comércio de sebo bovino, que teria lesado os cofres públicos em pelo menos R$ 350 milhões. Na área de abrangência da 6ª Delegacia Regional Tributá­ria de Ribeirão Preto (DRT-6), três empresas de Vargem Grande do Sul são investigadas.

A operação, em conjunto com a Divisão de Investigações sobre Crimes Contra a Fazenda do Departamento de Policia de Pro­teção à Cidadania da Policia Civil, mobilizaram 60 agentes fiscais e 30 policiais civis, que executaram trabalhos em 15 alvos, além de cumprirem seis mandados de busca e apreensão, nos municí­pios de Vargem Grande do Sul, São Paulo, Amparo, Jales, Dirce Reis e Barueri.

Segundo a assessoria de comunicação da Fazenda, indícios reunidos pelo Fisco paulista apon­tam para a existência de ao menos quatro grupos articuladores, com núcleos de atuação concentrados em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. A estimativa é de que esses grupos teriam movimentado cerca de R$ 2,15 bilhões em ope­rações somente no Estado de São Paulo e deixado de recolher aos cofres públicos R$ 350 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no período de cinco anos, “por meio da criação de empresas consti­tuídas com o único objetivo de sonegar impostos”.

“Estes grupos seriam forma­dos por empresas de fachada e simuladas que teriam sido criadas especificamente para gerar e transferir créditos espúrios de ICMS”, informa a Fazenda. Os quadros societários seriam compostos por “sócios laranjas” com o objetivo de afastar eventual responsabilidade dos controla­dores do esquema pelos débitos tributários decorrentes. Ao simula­rem as operações, os beneficiários da fraude deixavam de recolher ICMS por meio de um creditamen­to indevido e superfaturado das empresas simuladas dentro e fora do estado de São Paulo, afirma a Fazenda.

Modus Operandi – Segun­do a Fazenda, “no intuito de escapar do alcance do fisco, os articuladores da fraude passaram a simular operações interestaduais, a fim de se apro­veitarem de créditos fictícios e se eximirem da responsabilidade pelo pagamento do imposto que adviria das operações de industrialização do sebo dentro do estado”. Foram criadas inú­meras empresas de fachada em outros estados “com o objetivo de ocultar os reais vendedores nas operações com as indústrias de beneficiamento final”.

Postagens relacionadas

Indicador antecedente de emprego sobe 0,8 ponto, diz FGV

William Teodoro

Feirão da Serasa renegocia dívidas com desconto de até 98%

Redação 1

Mega da Virada pode pagar R$ 300 milhões

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com