Aos 77 anos, a francana Maria Esmeraldina vive dias de expectativa e ansiedade. Após 55 anos de procura por seu filho desaparecido, ela aguarda o resultado de um exame de DNA que pode confirmar se João Luiz Coli Martins, de 48 anos, é Mauro Lúcio Apolinário, a criança que ela viu pela última vez em 1970.
O resultado do exame, realizado em laboratório particular, deve ser divulgado na próxima terça-feira (13), ou até o final da semana. A família optou por essa alternativa diante da demora na conclusão da análise feita pelo Instituto Médico Legal (IML) de Franca, solicitada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que ainda não tem prazo definido para a liberação do laudo.
Enquanto a confirmação genética não chega, João Luiz, que afirma com convicção ser Mauro, já vive com familiares da idosa em Franca. Ele chegou à cidade em março, vindo do Rio de Janeiro, após assistir a reportagens da TV Record sobre o caso. Comovido pelas semelhanças com sua própria trajetória, decidiu procurar a família. Após uma breve passagem por um abrigo, foi acolhido pela irmã de Esmeraldina, onde atualmente reside e trabalha como servente de pedreiro.
O reencontro com Maria Esmeraldina, no entanto, ainda não ocorreu. Cautelosa, a idosa optou por esperar a confirmação do exame antes de qualquer aproximação, temendo o impacto emocional de uma possível frustração. “Se for da vontade de Deus que seja ele, e que acabe com essa minha dúvida, pois luto há tanto tempo procurando o meu filho”, declarou anteriormente.
Apesar de manter a fé, Esmeraldina não escondeu sua surpresa e desaprovação diante da decisão da irmã em receber João antes da confirmação. “Eu achei um absurdo, fiquei inconformada. Coloquei tudo nas mãos de Deus. Se ele for meu filho, é o filho que procuro há 55 anos. Ele está procurando a mãe dele, e se eu for a mãe dele, sou a que ele estava procurando”, disse.
João Luiz realizou a primeira coleta de DNA no IML em 17 de março, e Esmeraldina no dia seguinte. A investigação corre sob responsabilidade da DIG de Franca, já que há registros oficiais de desaparecimento e indícios de que o caso possa ter envolvido um sequestro na infância.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os exames oficiais seguem protocolos laboratoriais rigorosos, com prazos variáveis conforme a complexidade do caso. Por ora, não há previsão para a liberação do resultado oficial.
Esmeraldina, embora esperançosa, lamenta passar mais um Dia das Mães sem a certeza sobre o paradeiro do filho. “Acho que vão fazer surpresa e me dar o resultado no Dia das Mães”, disse, em tom de desejo. No entanto, a entrega do laudo foi descartada para esta data.
A cidade de Franca acompanha o desfecho dessa história que pode, em breve, unir mãe e filho separados há mais de meio século.
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