Você pagaria R$ 2.700 por uma barra de chocolate? Pois o influencer Kyle Krueger não só pagou, como documentou cada mordida desse ritual doce, e um tanto excêntrico, em sua conta no TikTok.
O astro da internet com 5 milhões de seguidores decidiu provar a iguaria chamada To’ak Master Series, considerada o chocolate mais caro do mundo. Sim, o mundo. E não estamos falando de uma barra com recheio de ouro ou glitter comestível, mas de uma obra de arte culinária feita com cacau equatoriano premium, edições envelhecidas em barris (!) e embalagens dignas de um relicário ancestral.
A ocasião da redescoberta do vídeo não poderia ser mais simbólica: o Dia Mundial do Chocolate, celebrado em 7 de julho. O conteúdo viralizou rapidamente, e com razão, afinal, não é todo dia que se assiste a um ser humano desembrulhar um tablete como se fosse um manuscrito perdido dos Maias.
E que desembrulho! Ao abrir a caixa de madeira entalhada (com direito a pratinho de bronze e pinça personalizada para não tocar na preciosidade com dedos mundanos), Kyle encontrou a surpresa: sua barra tinha sido feita com grãos colhidos em 2015. Um chocolate com quase a mesma idade de um aluno do ensino fundamental.
“Devo dizer que o aroma de madeira e chocolate amargo preencheu completamente este ambiente. Acho que nunca provei nada parecido”, comentou ele, parecendo ter sido transportado para outra dimensão sensorial.
A marca, claro, não economiza na retórica nem no cacau. Segundo a To’ak, o chocolate segue um rigor digno dos vinhos vintage e promete “resgatar uma variedade ancestral de cacau à beira da extinção”. O preço alto, dizem, também garante que os produtores locais recebam a remuneração mais justa do continente. Nobreza de propósito com sabor encorpado.
Mas como nem todo mundo compartilha o mesmo entusiasmo gourmet, os comentários do vídeo trouxeram a necessária pitada de ceticismo popular.
“Parece ser 60% embalagem e 40% chocolate”, opinou um seguidor.
“Provavelmente tem o mesmo gosto de um chocolate de dois dólares”, cravou outro, com paladar mais pragmático.
Entre devotos do cacau e críticos do capitalismo açucarado, uma certeza: há quem morda o chocolate, e há quem morda a isca.
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