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Justiça concede liberdade a investigado no caso Nelson Carreira

Felippe Miranda investigado na morte do empresário Nelson Carreira Filho (Rede social)

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu, nesta quinta-feira (17), liberdade provisória a Felippe Miranda, investigado por suposta participação na ocultação do corpo do empresário Nelson Carreira Filho, desaparecido há cerca de dois meses. A decisão, de natureza cautelar, revogou a prisão preventiva decretada contra o investigado em junho deste ano.

Felippe estava detido desde o dia 5 de junho e, segundo consta nos autos, foi apontado pela Polícia Civil como o responsável por transportar o corpo da vítima até o Rio Grande, em Miguelópolis (SP), onde o cadáver teria sido ocultado. O corpo de Nelson, até a presente data, não foi localizado.

A investigação conduzida pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão Preto aponta o ex-sócio da vítima, Marlon Couto Júnior, como o suposto mandante do crime, motivado por desavenças comerciais. Miranda, residente em Uberlândia (MG), teria se deslocado diversas vezes a Ribeirão Preto antes do desaparecimento, sendo descrito pela Polícia como uma espécie de “faz-tudo” de Marlon.

De acordo com os autos, a análise pericial nos dispositivos eletrônicos de Miranda revelou pesquisas sobre a cidade de Miguelópolis, além da eliminação de mensagens trocadas nos meses que antecederam o desaparecimento. Em seu interrogatório, no entanto, o investigado negou qualquer envolvimento direto no homicídio. Declarou que só teria descoberto a natureza do crime ao chegar ao destino e que não sabia que transportava um cadáver.

O Ministério Público ainda não se manifestou sobre eventual denúncia formal no caso, mas o delegado responsável já indiciou Felippe pelos crimes de ocultação de cadáver e fraude processual. A defesa não se pronunciou sobre a decisão judicial recente.

A decisão judicial que concedeu liberdade provisória a Miranda impõe medidas cautelares diversas da prisão, cujos detalhes correm sob sigilo processual.

O processo tramita na Vara Criminal de Ribeirão Preto, sob responsabilidade do juízo de plantão, e segue em fase de investigação policial.

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