O Tribunal de Apelação de Roma, na Itália, marcou para esta quarta-feira, 13 de agosto, uma audiência para ouvir a deputada federal ribeirão-pretana Carla Zambelli (PL-SP), de 45 anos, sobre seu processo de extradição. A parlamentar foi presa no dia 29 de julho após passar dois meses foragida no país europeu.
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por ter coordenado um ataque hacker contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após a prisão, a ribeirão-pretana prestou depoimento na Itália e optou pelo processo de extradição, que deve levar um ano e meio a dois anos, em vez de retornar por conta própria ao Brasil.
O tribunal italiano fica responsável por analisar as acusações contra a parlamentar e decidir pela extradição. A Justiça italiana determinou que ela deve continuar presa até os tramites serem concluídos. Zambelli aguarda o processo de extradição na prisão feminina Germana Stefanini, que faz parte do Complexo Penitenciário de Rebibbia.
Extradição de Carla Zambelli – Carla Zambelli, que tem cidadania italiana, foi para o país para evitar ser presa pela invasão do sistema do CNJ para emissão de um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes Segundo as investigações, o ataque hacker foi executado por Walter Delgatti Neto, que também foi condenado e confirmou ter realizado o trabalho a mando da parlamentar.
Além do ataque hacker, Zambelli é ré no STF por perseguição armada nas eleições de 2022. No início do mês, o ministro Gilmar Mendes determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) inclua o inquérito no pedido de extradição da deputada.
A ação ainda em curso foi aberta após a deputada ser filmada sacando uma arma e apontado para um homem no meio da rua em São Paulo. Inicialmente, ela alegou que o homem a teria agredido, o que foi descartado pelos investigadores

