Tribuna Ribeirão
Esportes

Médica exalta evolução de Pedro Severino: ‘Está jogando bola’

Amanda Kujavo espera que atacante volte a atuar profissionalmente, mas afirma que só o tempo dirá

Foto: Alfredo Risk

Por Hugo Luque

Liberado dos cuidados hospitalares na última terça-feira (10), após 98 dias internado – 96 deles em Ribeirão Preto –, o atacante Pedro Severino já faz trabalhos de fisioterapia com bola. Segundo a equipe clínica, que concedeu entrevista coletiva na manhã desta quinta, o jogador de 19 anos evoluiu de forma surpreendente após uma intensa luta contra a morte desde o acidente envolvendo o carro no qual era passageiro e uma carreta, na Rodovia Anhanguera, em Americana (SP), na madrugada de 4 de março.

Pelo histórico de Severino, um atleta emprestado pelo Botafogo ao Red Bull Bragantino, os médicos decidiram que uma boa atividade estimulante na fisioterapia seria chutar uma bola. E ele não perdeu o faro de gol com a perna direita. De acordo com Amanda Benelli Kujavo, cardiologista e coordenadora de enfermaria, a evolução surpreendeu positivamente.

“O Pedro está jogando bola. Em todas as sessões de fisioterapia era dada uma bola, colocado um golzinho e, com a perna direita, que é a principal, ele mandava muito bem. (…) Ele estava lutando pela vida e, graças à equipe médica de Americana e à nossa, ele sobreviveu. Agora, precisa de todos esses cuidados de uma equipe multidisciplinar. Considerando o tempo, é uma recuperação muito significativa”, detalhou a médica, uma das responsáveis pelo atendimento ao jogador nos últimos três meses.

Ainda é muito cedo para afirmar, mas não está descartado o retorno de Pedro Severino aos campos de futebol no âmbito profissional. Isso vai depender de seu desenvolvimento ao longo dos próximos meses e, é claro, da vontade do artilheiro.

Fato é que, até o momento, a melhora foi significativa. De um acidentado que chegou ao hospital em estado crítico, com traumatismo craniano, passou por cinco cirurgias e lutou contra um protocolo de morte encefálica, Severino voltou a ser, em menos de 100 dias, uma pessoa capaz de se comunicar e se movimentar, ainda que de forma lenta.

“O Pedro está jogando bola. Agora, em quanto tempo vai falar normalmente, deambular e jogar profissionalmente, aí é só o tempo. Nossa expectativa é que ele volte. Jogar ele está jogando”, celebrou Amanda, sem deixar de lado a cautela – afinal, ela também informou que ainda há um quadro inflamatório cerebral e que a possibilidade de complicações permanentes não está eliminada.

“A gente só fala em sequela definitiva em situações de evento cerebral agudo em pelo menos dois anos. São dois anos para bater o martelo. Estamos falando de um paciente jovem, de 19 anos, e atleta. Isso tudo faz diferença e pode contribuir para uma recuperação mais rápida e para que tenhamos boas notícias depois de um tempo, mas não dá para bater o martelo agora.”

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