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MP quer leiloar bens de Ana Pink e Maick

Casa em condomínio de alto padrão e imóvel comercial, ambos na zona Sul, foram listados pelo promotor

Casa em condomínio de luxo e imóvel comercial podem ser leiloados se Justiça acatar pedido de MP (Foto: Reprodução)

Por: Adalberto Luque

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) encaminhou à Justiça um pedido para que os imóveis residencial e comercial de Ana Paula Ferreira, a Ana Pink, e Maiclerson Gomes da Silva, o Maick, sejam leiloados. Os dois imóveis ficam na zona Sul de Ribeirão Preto e ambos têm dívidas.

A casa onde Ana Pink e Maick moravam, em um condomínio de luxo em Bonfim Paulista, está avaliada em mais de R$ 2,5 milhões. O imóvel, todavia, tem débitos de condomínio em torno de R$ 11.792 e, por este motivo, poderia ser leiloado.

O imóvel comercial fica na avenida Independência, Jardim Califórnia. Nele a influenciadora e seu marido tinham um escritório onde atuavam. O casal foi condenado por contrair empréstimos sem autorização em nome de aposentados.

O imóvel comercial, que também tem salão de beleza, está avaliado em mais de R$ 1 milhão, mas tem dívidas de IPTU de R$ 12.004,08 e R$ 86.311,00 em taxas condominiais, além de R$ 120 mil de dívidas na Justiça do Trabalho.

Segundo o MP, os imóveis apresentam dívidas superiores a R$ 230 mil e defende que sejam levados a leilão. Parte do valor arrecadado seria utilizado para pagar as dívidas contraídas. O restante seria depositado em juízo.

Maick e Ana Pink foram condenados por fraude financeira e ambos recorreram. A defesa de Maick informou que não ficou definido se haverá leilão e oportunamente irá se manifestar nos autos.

Já a defesa de Ana Pink considera que o leilão não preenche os requisitos legais pois, se houver comprovação da inocência da influenciadora, causaria um enorme prejuízo, uma vez que o leilão é irreversível. Os recursos da sentença ainda não foram julgados e o pedido de leilão dos imóveis ainda não foi respondido pela Justiça.

Relembre o caso

Ana Pink e Maick foram alvo de uma investigação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo.

A apuração do Gaeco teve início em 2022 e apontou transações financeiras em nome de outras pessoas, obtenção indevida de dados do sistema previdenciário por meio de hackers, saques vultosos e movimentações incompatíveis com a renda declarada. Eles foram presos em 17 de março daquele ano.

O casal firmava contratos em nomes de terceiros sem autorização. Ao menos 360 mil cidadãos tiveram informações pessoais expostas.

De acordo com o Gaeco, dados sigilosos de beneficiários eram obtidos junto a uma empresa de software no Vale do Paraíba, que invadiu e explorou a base de informações do INSS.

As planilhas adquiridas por Ana Pink, segundo as autoridades, traziam detalhes como tipo de benefício, possíveis restrições, limites para crédito, banco e conta de recebimento.

Essas mesmas informações também eram coletadas por programas automatizados criados por outro investigado, que possibilitavam o acesso remoto ao sistema previdenciário.

Ana Pink e Maick foram presos em março de 2022. Ela chegou a ser levada para a Penitenciária Feminina de Guariba, mas a defesa recorreu e a prisão passou a domiciliar, porque ela tinha filhos menores de 12 anos.

Maick ficou preso até abril deste ano, quando obteve o benefício por bom comportamento. Desde então, ele aguarda às apelações em liberdade e tem restrições a cumprir.

Ana Paula, todavia, voltou para a prisão. Ela foi levada para uma cela na Penitenciária de Ribeirão Preto no dia 14 de agosto. De acordo com a Justiça, ela descumpriu as medidas impostas na prisão domiciliar. Foram cerca de 60 transgressões constatadas pelo acesso eletrônico no condomínio onde cumpria a prisão domiciliar. A Justiça negou recurso da defesa de Ana Pink para que ela voltasse a cumprir prisão domiciliar.

Os dois foram sentenciados em abril de 2023 a nove anos de prisão por participação em um esquema de fraude com empréstimos consignados, usado para lavar dinheiro e obter ilegalmente mais de R$ 10 milhões. Em maio de 2025, a pena foi ampliada para 13 anos. Ambos negam envolvimento nos delitos.

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