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Mulheres ganham 21,6% a menos em São Paulo 

Documento reúne informações de 16.898 empresas paulistas com 100 ou mais funcionários 

Diferença de 21,62%: no estado de São Paulo, a remuneração média dos homens é de R$ 5.487,85, enquanto a das mulheres é de R$ 4.301,57 (Marcelo Camargo/Ag.Br. )

As mulheres ganham 21,62% a menos do que os homens em São Paulo. No estado, a remuneração média dos homens é de R$ 5.487,85, enquanto a das mulheres é de R$ 4.301,57. É o que aponta o 2º Relatório de Transparência Salarial, documento elaborado pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres com o recorte de gênero, a partir dos dados extraídos de informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários, exigência da lei nº 14.611/2023.

A Lei de Igualdade Salarial determina a equiparação de salários entre mulheres e homens em situações nas quais ambos desempenham funções equivalentes (ou seja, quando realizam o mesmo trabalho, com igual produtividade e eficiência). Em São Paulo, a diferença de remuneração entre mulheres e homens varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença é de 26,2%.

No total, 16.898 empresas paulistas responderam ao questionário. Juntas, elas somam 6,34 milhões de pessoas empregadas. Em março, o primeiro relatório indicou que, em média, as mulheres recebiam 80,9% do salário pago aos homens no estado, ou 19,1% a menos. No primeiro ciclo, 16.536 empresas enviaram informações referentes a 6,2 milhões de pessoas empregadas.

No recorte por raça, o relatório aponta que o número de mulheres negras é menor que o de mulheres não negras nas empresas do levantamento, com registro de 991,5 mil e 1,66 milhão, respectivamente. Conteudo, mulheres negras recebem, em média, 38,9% a menos que as não negras. Entre os homens negros e não negros, a diferença de remuneração média é de 37,58%.

O documento registrou que, em São Paulo, 62,7% das empresas possuem planos de cargos e salários; 39,1% têm políticas de incentivo à contratação de mulheres; 41,2% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência e 31,5% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. Em relação ao incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 26% dos estabelecimentos contam com a política.

O relatório também apresenta informações que indicam se as empresas contam com políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.

Nacional – No Brasil, as mulheres ganham 20,7% a menos do que os homens, de acordo com o 2º Relatório de Transparência Salarial. No total, 50.692 empresas responderam ao questionário – quase 100% do universo de companhias com 100 ou mais funcionários no Brasil. A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 27%.

No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho, recebem menos do que as mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 2.745,76, a da não negra é de R$ 4.249,71, diferença de 54,7%. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 3.493,59 e os não negros, R$ 5.464,29, o equivalente a 56,4%.

Incentivo – O relatório registrou que, em todo o país, 55,5% das empresas possuem planos de cargos e salários, políticas de incentivos às mulheres; 38,8% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 35,3% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 27,9% adotam incentivos para contratação de mulheres negras.

Apenas 21,5% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 24,3% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 5,5% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência. Poucas empresas ainda adotam políticas como flexibilização de regime de trabalho, como licença maternidade/paternidade estendida (20%) e auxílio-creche (22,9%).

 

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