Isaac Antunes *
A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro é o ponto mais escancarado de uma escalada autoritária travestida de legalidade. Não se trata de Justiça, mas de perseguição política declarada, direcionada e implacável.
Um ex-presidente da República, líder de milhões de brasileiros, está sendo colocado em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica sem condenação, sem direito à defesa plena, sem o devido processo legal. Estão tentando calar sua voz. E quando tentam calar Bolsonaro, não estão punindo um homem uma parcela expressiva do povo brasileiro.
O ministro do STF age como imperador de um Brasil onde não há equilíbrio entre os poderes. O Supremo, que deveria ser guardião da Constituição, virou instrumento de coerção contra adversários ideológicos. Bolsonaro, deputados, jornalistas, cidadãos comuns, todos os que ousam discordar são enquadrados como “criminosos”. Até onde isso vai?
Quando a Justiça se torna seletiva, ela deixa de ser Justiça.
O mesmo sistema que absolve quem quebrou o país, agora quer destruir quem o colocou nos trilhos.
Estamos vivendo o que a história vai reconhecer como uma ditadura togada, sustentada por narrativas, vazamentos seletivos e silêncio cúmplice de parte da imprensa. E quem se cala diante disso, compactua.
Como presidente do PL e da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, me recuso a aceitar essa inversão de valores. A prisão de Bolsonaro é uma afronta à democracia, uma tentativa de intimidação política, e um alerta gravíssimo a todos nós.
Hoje é Bolsonaro. Amanhã pode ser qualquer um de nós que ousar levantar a voz.
A liberdade não se negocia. O Brasil precisa despertar, antes que seja tarde demais.
* Vereador, presidente da Câmara de Ribeirão Preto e do Diretório Municipal do PL