Tribuna Ribeirão
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O caleidoscópio

Feres Sabino *


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Começar pela frustração de Hitler lá no inferno, pela superação de sua altíssima categoria, como encarnação da barbárie e da estupidez, saída – quem sabe – das cercanias dos fornos crematórios do nazismo, ele, Hitler, vê, superando-o, como um filhote desgarrado e pretencioso e ainda mais deformado, Benjamin Netanyahu (Tel Aviv, 21 de outubro de 1949) atual ocupante do altar do museu macabro da história, que veio para ficar como modelo único.

Esse genocida simplesmente expôs as vísceras do Estado, que se instalou, hipocritamente, como um exemplo de democracia, comunicado ao mundo, apesar de sua espacialidade disfarçada de matar e matar, não só as indefesas aldeias palestinas, antes e após sua criação, como representantes da ONU, jornalistas, chefes de estados assassinados, e refinando suas armas covardes, ainda atacaram, sem prévio aviso, o Irã, quando em Gaza o seu despudor enfrenta a comunidade mundial, violentando todas as regras do direito internacional, para matar mulheres e crianças, em Gaza, arrasada, sua fúria não deixou imóvel nem hospitais nem igrejas.

Tudo em destroços.

Gaza é tanto escombro e tanta ruína, que não se sabe em quantas centenas de anos poderão se removidos, para onde? E o terreno dos plantios fica interditado pela consequência da guerra e dos bombardeiros.

Enquanto as grandes potências apoiaram material e politicamente, ou omitindo-se, o extermínio da palestina, ela se ergue combalida, mas resistente, ensinando ao mundo como um povo não se dobra, como não se dobrou o Vietnã, por exemplo, enraizando em sua terra, para afastar, até com seus fantasmas, a invasão dos colonialistas e imperialistas.

Esse “acordo de paz” significa mais um provisório cessar fogo, pressionado inclusive pelos movimentos estudantis nos Estados Unidos e na Europa, aqui com greves gigantes (Itália), em favor dos palestinos e denunciando os sionistas, contra os quais estão parcelas ponderáveis de judeus, dentro e fora de Israel.

Esse “acordo” imposto, que o genocida e seus comparsas a rigor não aceitam, deve também sua concretização a revoada das flotilhas, com representantes do mundo inteiro forçando as barreiras militares e brutais dos sionistas.

O Brasil esteve presente nessa constelação de barcos, que afrontaram com coragem silenciosa e sem violência, devidamente preparadas para isso, a soberba e a violência dos militares sionistas, que ocuparam os barcos, depois de imobilizados até eletronicamente, e levaram seus ocupantes para as prisões.

Dentre os heróis da humanidade indignada, ali, entre os homens e mulheres, estavam13 brasileiros inclusive uma vereadora, Mariana Conti, de Campinas (PSOL), jovem, bonita, consciente,interpretando a presença da representação brasileira, seu simbolismo, a solidariedade democrática cuja experiência reflete o orgulho de ter estado lá, com a bandeira da Humanidade em construção há séculos.

Mas, o caleidoscópio mundial tem novos ingredientes, na Ucrânia a volúpia das guerras eternas, o Ocidente não deixou em 2022, que houvesse acordo em Istambul, entre ucranianos e russos. É importante sangrar a Rússia as custas de milhões de vidas, e especialmente em território que não é dos fazedores das guerras, que há anos construíram uma narrativa do ódio, que está fazendo a Europa tornar-se irrelevante, inflacionária e com economia desorganizando-se.

Não só isso.

Até o Prêmio Nobel foi convocado, como aviso de que para roubar o petróleo venezuelano tudo se fará, como está começando a fazê-lo, com o cerco marítimo dos navios poderosos, que atacam pequenas embarcações, especificando – não se sabe como identifica o seu interior – para dizer que todos são portadores do mal e das drogas, que o tio Sam precisa destruir.

E destrói, como prometem “salvar” o povo com a matança oficial autorizada à CIA, que tantos serviços já prestou no Brasil, para instabilidade de nosso governo e com os golpes institucionais concretizados.

A força da estupidez é tanta e tão esparrada pelo mundo que não dá para ficar na poltrona fingindo que ela não existe, sem ao menos perguntar – O que fazer?

* Procurador-geral do Estado no governo de André Franco Montoro e membro da Academia Ribeirãopretana de Letras

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