Tribuna Ribeirão
Polícia

Oito pessoas ainda estão foragidas

FOTO: DIVULGAÇÃO/POLÍCIA FEDERAL

Oito pessoas continuam foragidas após as três operações contra a lavagem de dinheiro por grupos criminosos no setor de combustíveis deflagradas na quinta-feira, 28 de agosto.

Segundo a Polícia Federal (PF), dos 14 mandados de prisão emitidos, apenas seis foram cumpridos, o que acabou por colocar, entre as hipóteses a serem investigadas, a de vazamento de informações sobre as operações Quasar, Tank e Carbono Oculto.

Os mandados estão relacionados à Operação Tank, focada no desmantelamento de “uma das maiores redes de lavagem de dinheiro já identificadas no Paraná”. Segundo o Ministério da Justiça, o grupo criminoso atuava desde 2019 e teria movimentado mais de R$ 23 bilhões por meio de uma rede composta por centenas de empresas, incluindo postos de combustíveis, distribuidoras, holdings, empresas de cobrança e instituições de pagamento autorizadas pelo Banco Central.

Durante coletiva de imprensa, na qual foram detalhadas as três operações, o diretor geral da PF, Andrei Rodrigues, disse que o fato de apenas seis dos 14 alvos terem sido encontrados “não é uma estatística normal das operações da PF”. A PF informou que o número de presos se manteve em seis até o final da manhã desta sexta-feira (29).

A Operação Quasar buscou desarticular uma “organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituições financeiras”, que utilizava fundos de investimento para ocultar patrimônio de origem ilícita, com indícios de ligação com facções criminosas, segundo a PF.

A Operação Carbono Oculto foi deflagrada com o objetivo de desmantelar “um sofisticado esquema de fraudes, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, controlado pelo crime organizado”.

A Operação Carbono Oculto é a maior da história do país contra a infiltração do crime organizado na economia formal e mira o setor de combustíveis e instituições financeiras sediadas na avenida Faria Lima, na capital paulista. Ao todo 1.400 agentes cumpriram 200 mandados de busca e apreensão contra 350 alvos em dez Estados.

A operação envolve agentes das Polícias Federal e Militar e das Receitas Estadual e Federal, além de promotores do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Só a região da avenida Faria Lima, principal centro financeiro do País, concentra 42 dos alvos da operação, entre fintechs, corretoras e fundos de investimentos.

A estimativa é que a organização criminosa, ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), tenha movimentado R$ 52 bilhões no período investigado, blindando os recursos por meio de 40 fundos de investimentos. Empresas da cadeia produtiva de combustível também são investigadas. A Justiça paulista decretou a indisponibilidade de quatro usinas de álcool, cinco administradoras de fundos de investimentos e cinco redes de postos de gasolina.

Os cinco postos alvos das diligências somam 300 endereços de venda de combustíveis pelo país. Ao todo, são investigadas 17 distribuidoras de combustível, quatro transportadoras de cargas, dois terminais de portos, duas instituições de pagamentos, seis refinadoras e formuladoras de combustível, além de 21 pessoas físicas e até uma rede de padarias.

Ribeirão Preto foi um dos principais alvos do cumprimento de mandados de busca e apreensão. A cidade funcionava como núcleo financeiro do PCC. Na região, nas três operações, foram cumpridos mandados em Ribeirão Preto, Jardinópolis, Pontal e Barretos.

São 32 alvos, sendo 25 pessoas jurídicas e sete físicas. Entre os alvos estão uma usina de cana-de-açúcar, uma distribuidora de combustíveis em Jardinópolis e duas empresas responsáveis pela operação financeira, uma em Ribeirão Preto e outra em Barretos.

Em entrevista coletiva realizada em Brasília, os ministros Ricardo Lewandowski e Fernando Haddad, respectivamente da Justiça e Fazenda, e o diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, avaliaram os resultados.

As medidas judiciais levaram ao bloqueio e sequestro de mais de R$ 3,2 bilhões em bens e valores. Os grupos criminosos movimentaram, de forma ilícita, aproximadamente R$ 140 bilhões.

Segundo eles, foram 141 veículos apreendidos; 1.500 veículos que têm determinação judicial de sequestro; mais de R$ 300 mil em dinheiro apreendido; bloqueio de mais de R$ 1 bilhão; bloqueio total de 21 fundos; ações em relação a 41 pessoas físicas e 251 empresas; sequestro de 192 imóveis e duas embarcações. As investigações prosseguem.

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