Cerca de 120 quilos de produtos alimentícios sem procedência ou rotulagem foram inutilizados e encaminhados ao aterro sanitário e 50 quilos foram interditados, totalizando 170 quilos
A Divisão de Vigilância Sanitária, da Secretaria Municipal de Saúde, realizou nesta quarta-feira, 12 de novembro, mais uma fiscalização de rotina no Mercado Central de Ribeirão Preto, o popular Mercadão.
A ação teve como foco garantir o cumprimento das normas sanitárias e a segurança alimentar dos consumidores. Durante a vistoria, sete boxes foram inspecionados, e quatro deles acabaram autuados por irregularidades.
Ao todo, cerca de 120 quilos de produtos alimentícios sem procedência ou rotulagem foram inutilizados e encaminhados ao aterro sanitário e 50 quilos foram interditados, totalizando 170 quilos. Entre os itens descartados estavam garrafas de manteiga, queijos meia-cura, queijos curados e chancliche, todos sem registro de inspeção prévia pelos órgãos competentes.

Já interditados cautelarmente poderão ser recuperados caso o proprietário apresente documentação que comprove a regularidade. Os produtos foram lacrados e não podem ser retirados do local sem autorização prévia da Vigilância Sanitária.
O comerciante permanece como fiel depositário até a conclusão da análise. A ação integra o cronograma de fiscalizações regulares realizadas pela Vigilância Sanitária em estabelecimentos de alimentos do município.
Esta foi a segunda grande operação de descarte e retenção de produtos no Mercadão neste segundo semestgre de 2025. Em 25 de agosto, a Divisão de Vigilância Sanitária apreendeu 270 quilos de queijos e outros produtos derivados de leite comercializados fora dos padrões cinco boxes do Mercadão Central.
Teve bate-boca e muita confusão. Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana (GCM) foram acionadas. Entre os itens estavam queijos meia-cura, muçarela palito e manteiga de garrafa, todos sem identificação, sem inspeção sanitária, sem data de validade e sem qualquer selo que garantisse regularidade na produção e segurança para consumo humano.
Para onde vai – Todo o material recolhido foi inutilizado e encaminhado para o aterro sanitário. Orientações descumpridas – Desde fevereiro, comerciantes e fornecedores que atuam no local vinham recebendo orientações e suporte da Vigilância Sanitária e do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), vinculado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Afgricultura e Sustentabilidade, responsável por certificar produtos de origem animal fabricados em Ribeirão Preto.
Foi concedido prazo até 6 de agosto para que a regularização fosse feita, o que não ocorreu. Segundo a chefe do SIM, Jéssica Martins, os produtos apreendidos não apresentavam qualquer selo de certificação, seja local ou nacional, como o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) ou o Selo Arte, voltado a produções artesanais.
“Também solicitamos uma análise microbiológica do queijo para atestar sua segurança ao consumo humano, mas a determinação não foi atendida. Nosso objetivo é garantir as condições sanitárias adequadas para proteger a saúde da população”, destacou Jéssica Martins. Grande parte dos produtos foi descartada no aterro sanitário, gerando discussão nas redes sociais: enquanto algumas pessoas apoiaram a ação, outras criticaram o que chamaram de “desperdício de alimentos” e “prejuízo aos comerciantes”
“No início do ano, após reuniões com os comerciantes do local e orientações para as devidas adequações identificadas, foi estabelecido prazo até 6 de agosto para a regularização das pendências – o que não foi cumprido por parte dos estabelecimentos notificados”, explica a Vigilância Sanitária.
“A Vigilância Sanitária reitera seu compromisso com a proteção da saúde pública e seguirá realizando fiscalizações para garantir a segurança dos alimentos e o cumprimento das normas vigentes”, conclui a nota enviada ao Tribuna em agosto.

