Por: Adalberto Luque
O Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), e a Polícia Militar paulista deflagraram, nesta quarta-feira (10), a Operação Pesticida. A ação realizada a partir de Franca, cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em sete cidades paulistas e três mineiras.
O objetivo foi desarticular uma quadrilha que atuava na produção e venda de pesticidas e agrotóxicos agrícolas falsificados. Policiais militares do 15º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I) e do 11º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) cumpriram os mandados ao lado dos membros do MP.
Foram cumpridos 25 mandados de prisão temporária e 90 de busca e apreensão. Aproximadamente 250 policiais militares participam das diligências, apoiados por dezenas de promotores de Justiça que integram o Gaeco, em mais de 65 viaturas.

As investigações, conduzidas por meio de Procedimentos Investigatórios Criminais, identificaram organizações criminosas com ramificações regionais e interestaduais. O esquema é dividido em núcleos específicos, como o de falsificação e o gráfico, além de operadores financeiros responsáveis pela movimentação e ocultação dos valores obtidos com a atividade ilícita.
Em julho deste ano, mandados de busca relacionados ao caso resultaram na apreensão de cerca de 30 mil galões, grande quantidade de tampas plásticas, moldes, matrizes de impressão e utensílios usados na contrafação de produtos agrícolas.
O material reunido demonstra que o grupo atuava de forma estruturada, com faturamento mensal expressivo e funções claramente distribuídas. Também aponta risco elevado à saúde pública, aos consumidores, ao meio ambiente e à economia nacional, diante dos prejuízos ao agronegócio, à arrecadação tributária e à competitividade dos produtores regulares. Todos os crimes foram tipificados para que os responsáveis sejam punidos com rigor, de acordo com o Gaeco.

Os promotores e os policiais militares efetuaram 23 prisões. Além disso, cinco laboratórios foram fechados em áreas rurais. De acordo com o MP, foram apreendidos celulares, documentos, computadores, armas de fogo e munições, insumos para falsificação dos agrotóxicos e até uma pequena plantação de maconha.
As apreensões ocorreram em diversos locais. Os agrotóxicos falsificados estavam nos laboratórios fechados, na zona Rural. O BAEP também fechou uma gráfica clandestina, que seria responsável pela produção dos rótulos usados nos produtos falsificados. As investigações prosseguem.

