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Passaredo diz que vai à Justiça contra Azul

A Passaredo Linhas Aé­reas, com sede em Ribeirão Preto, anunciou que irá tomar medidas jurídicas junto à Jus­tiça e ao Conselho Adminis­trativo de Defesa Econômica (Cade) contra a Azul por su­posto assédio a seu corpo téc­nico de pilotos e co-pilotos. A direção da empresa alega que o departamento de recursos humanos da Azul tem entrado em contato “sistematicamen­te” com seus pilotos e também com os da MAP – aérea regio­nal recém-adquirida pela Pas­saredo –, oferecendo vagas de ingresso imediato para operar aeronaves a jato.

Na visão da Passaredo, com a ação, a Azul quer prejudicar a empresa no momento em que ela está estruturando suas no­vas operações no Aeroporto de Congonhas (SP), onde passará a operar em slots herdados da Avianca Brasil. Juntas, Passa­redo e MAP têm agora 26 slots no aeroporto paulista.

“Existem centenas de exce­lentes pilotos com experiência em jatos no mercado, inclu­sive oriundos da operação da Avianca. A Passaredo recebeu esses currículos recentemente durante a seleção de pilotos que vem realizando. Se a Azul tivesse interesse exclusivo em contra­tar mão de obra, seria natural aproveitar esses profissionais já experientes no equipamento a jato. Contudo, o que a Azul quer é aliciar a mão de obra da Pas­saredo para prejudicar a estrutu­ração das operações em Congo­nhas”, disse, em nota, o CEO da Passaredo, Eduardo Busch.

O executivo argumenta ain­da que a Azul exerceu pressão “política e institucional” diante da Agência Nacional de Avia­ção Civil (Anac) e do Departa­mento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) para impedir o acesso de Passaredo e MAP aos slots que foram redistribuídos da Avianca Brasil. “Agora, uma vez que não tiveram sucesso na pressão política, querem preju­dicar a Passaredo tentando sa­botar as operações da empresa”, afirma Busch.

O presidente da aérea se refere à campanha feita pela Azul para que MAP e Passare­do fossem autorizadas a ope­rar somente na pista auxiliar do Aeroporto de Congonhas, sob a alegação de que as aero­naves ATRs utilizadas por elas não teriam a velocidade míni­ma necessária para pousar na pista central. Uma ala do se­tor interpretou esse discurso como uma forma de pressão para que a empresa herdasse todos os slots da Avianca Bra­sil no terminal, já que Latam e Gol não poderiam levá-los por questões de concentração de mercado.

Além disso, houve quem se queixou do fato de a Anac ter elevado o número de slots usados como critério para de­finir uma empresa entrante em Congonhas. Antes da redis­tribuição dos slots da Avianca Brasil, a agência reguladora elevou o número de 5 para 54, permitindo que a Azul pudes­se se encaixar nessa categoria e entrar no processo de redistri­buição. Segundo a Passaredo, mais de 80% dos pilotos da empresa foram contatados por representantes da Azul nos úl­timos três dias.

Procurada, a Azul negou que esteja assediando funcio­nários de outras empresas. “A companhia ressalta que tem ampliado seu quadro de tripu­lantes “diariamente”, à medida que vem ampliando sua pre­sença no Brasil e no exterior e incorporando novas aero­naves em sua frota. “Somente em 2019, a Azul deve incluir cerca de 30 novos aviões, con­tratar mais de 2.000 novos tri­pulantes e ampliar em mais de 20% sua oferta de assentos. O recrutamento de novas pes­soas é feito com os recursos disponíveis no mercado bra­sileiro e, em alguns casos, os candidatos atuam em outras companhias do setor, como é comum em qualquer indús­tria”, diz a empresa, em nota.

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