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Cúpula do INSS é afastada após operação que apura fraude

Agentes investigam fraude bilionária contra o INSS

Descontos associativos fraudulentos em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS movimentou mais de R$ 6 bi em cinco anos (Foto: PF/Divulgação)

Por: Adalberto Luque

Ribeirão Preto é uma das cidades alvos da Operação Sem Desconto, que está sendo realizada na manhã desta quarta-feira (22). A operação foi deflagrada pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (GCU), com o objetivo de combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em pensões e aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Participam da operação cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da GCU. O objetivo é cumprir 211 mandados judiciais de busca e apreensão, sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão, além de seis mandados de prisão temporária no Distrito Federal e em outros estados.

Agentes também confiscaram bens que, somados, podem chegar a R$ 1 bi durante a operação (Foto: PF/Divulgação)

Os mandados estão sendo cumpridos, além do DF, em Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

De acordo com a PF, as entidades cobraram de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões a título de descontos associativos, entre 2019 e 2024. Seis servidores públicos foram afastados de suas funções, durante as investigações.

Objetivo da Operação Sem Desconto foi cumprir 211 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão temporária (Foto: PF/Divulgação)

A PF e a CGU constataram a existência de irregularidades nos descontos aplicados sobre os benefícios previdenciários, sobretudo aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.

Segundo a PF, os investigados podem responder por crimes de corrupção ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais. A PF não informou se em Ribeirão Preto foram cumpridos apenas mandados de busca e apreensão ou também de prisão. A ação é realizada pela sede da PF em Brasília.

Cúpula é afastada

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que ocupava o cargo desde 2023, foi um dos afastados. Além dele, a reportagem apurou que os integrantes da cúpula do órgão Giovani Batista Fassarella Spiecker (coordenador-geral de Suporte ao atendimento ao Cliente do INSS); Jacimar Fonseca da Silva (coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios do INSS); Vanderlei Barbosa dos Santos (diretor de Benefícios e Relacionamento com o cidadão do INSS) e Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho (procurador-geral do INSS) também foram afastados.

O sexto envolvido, afastado de suas funções, é um agente da PF que trabalha no aeroporto de Congonhas, mas não teve o nome divulgado. Segundo as investigações, ele dava apoio ao esquema.

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